Redação (07/01/2008)- O Chile reconheceu o Estado de Santa Catarina como área livre de febre aftosa sem vacinação. Com isso, o país poderá importar a carne suína produzida no Estado, segundo informações do presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. O governo do Chile disse ainda que está disposto a enviar uma missão técnica ao Brasil no próximo mês de janeiro para habilitar plantas exportadoras interessadas em vender para o mercado chileno.
As informações constam de um documento que teria sido enviado ao Ministério
da Agricultura, informou Camargo Neto. A estimativa da associação é que o
Chile precise importar 50 mil toneladas de carne suína por ano. Além da
questão comercial, a abertura do mercado chileno pode viabilizar as
exportações para outros mercados. Os exportadores têm interesse em vender
para a China, México e Japão.
LISTA: De acordo com o deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC), até o próximo dia 27, o governo brasileiro deve enviar para o Chile uma lista com o nome dos
frigoríficos catarinenses que abatem suínos. Um mês depois, no dia 27 de
janeiro, uma comissão de técnicos chilenos chegará ao Estado para avaliar as
os frigoríficos que serão habilitados para exportação.
Colatto comentou a abertura do mercado chileno para a carne suína produzida
em Santa Catarina. Segundo ele, a abertura do mercado chileno é
reconhecimento do trabalho sanitário desenvolvido no Estado. Colatto
lembrou, no entanto, que o desenvolvimento da suinocultura local depende do
abastecimento de milho – o principal insumo da suinocultura, usado na
alimentação dos animais. ³A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)
precisa cumprir o prometido e repassar as 150 mil toneladas de milho para o
Estado.²
Até agora, segundo ele, foram repassadas 40 mil toneladas para Santa
Catarina. O Estado compra cerca de 1,5 milhão de toneladas de milho por ano
de outros Estados para atender à demanda do setor de aves e suínos.