Redação (05/03/2008)- A semana foi marcada por chuvas esparsas, com volume acumulado em torno de 30 milímetros em praticamente todo o Estado, e temperatura abaixo de 30 graus na maioria das localidades.
A precipitação acumulada no Estado em fevereiro ficou entre 10% e 15% acima da média histórica do período, mantendo as reservas de água no solo no nível máximo durante todo o período. Apenas no Vale do Ribeira a chuva ficou abaixo da média em cerca de 10%. As chuvas constantes e a nebulosidade intensa impediram a elevação da temperatura, que ficou entre 0,5 e 1 grau abaixo do valor histórico.
Nesta semana, as taxas de evapotranspiração oscilaram entre 3 e 4 milímetros por dia, favorecendo uma leve queda na umidade do solo. O armazenamento hídrico, no entanto, continua acima de 80% em todas as regiões, favorecendo os trabalhos de preparo do solo e a semeadura do milho safrinha em Capão Bonito, Assis e Cândido Mota. Apesar da queda, os níveis atuais de umidade do solo ainda são suficientes para suprir a demanda hídrica das pastagens, beneficiando os pecuaristas de corte e os produtores de leite que conseguem reduzir os custos de produção com o pasto vigoroso.
Nas lavouras de milho verde da região de Casa Branca, os produtores aproveitaram a redução da chuva e a queda da umidade do solo para acelerar a colheita, aproveitando os bons preços do produto no mercado.
Colheita
Nos campos de soja irrigada de Guaíra, a colheita segue em ritmo forte nesta semana. A seca no período de semeadura foi compensada pelas chuvas abundantes desde meados de janeiro, garantindo o rendimento elevado – entre 45 e 50 sacas por hectare. O bom momento do mercado de soja também é motivo de ânimo para os produtores. Os bons preços também animam os cafeicultores do Estado, que aproveitam a alta para comercializar o que ainda resta da safra passada, enquanto realizam os tratamentos fitossanitários nos cafezais de Garça, Mococa e São José do Rio Pardo.
A redução da chuva favoreceu os trabalhos de campo nas hortas de Mogi das Cruzes, que sofreram os efeitos das chuvas intensas das últimas semanas. Nos pomares de caqui, o tempo favoreceu a colheita, mas a produtividade é baixa neste ano por causa da seca no fim do ano passado.
*Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Para mais informações sobre tempo e clima no Brasil, acesse www.agritempo.gov.br