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Seca no sul do MS causa perdas acima de 30% na soja

Mesmo com a perda na produção, não se espera muita diferença para o mercado.

Redação (17/02/06) – Embora ainda falte 15 dias para o encerramento da colheita de soja em Mato Grosso do Sul, os produtores do extremo sul do Estado, dos municípios de Caarapó, Amambai, Igautemi, Mundo Novo, na fronteira com o Paraguai, já contabilizam perdas acima de 30% em suas lavouras. Nesta região do extremo sul do Estado, vizinha do Paraguai, as perdas estão acima de 30% nas lavouras de soja, alerta o vice-presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ari Basso.

Para Basso, as perdas no sul do Estado, assim como a informação de que a seca deve reduzir em até 40% a produção de soja no Paraguai, que agora espera colher no máximo 3,57 milhões de toneladas, não trarão mudanças significativas para os produtores. Estas perdas devem influenciar um pouco, mas não trarão muita diferença para o mercado, afinal, embora a safra não seja considerada excepcional nas principais regiões produtoras do Brasil e da Argentina, ela está apresentando produtividade normal, explica.

Entretanto, o vice-presidente da Famasul pondera que as quebras no Paraguai e no sul do Estado, podem modificar o preço lá adiante, caso aja uma frustração nestes últimos dias da colheita. Ainda dependemos da finalização da safra Argentina e do Brasil, mas não vejo qualquer possibilidade de mudança. Se nestes quinze dias restantes, continuarmos dentro da realidade climática prevista, não teremos muita mudança, declara.

Porém, embora as perdas climáticas já estejam praticamente definidas, Basso lembra que no momento a atenção do produtor está voltada para o mercado de câmbio do país que vem valorizando a moeda nacional frente ao dólar, reduzindo o preço da soja que é cotada com base na moeda americana. Embora a soja esteja estável no mercado internacional a quase oito meses, agora, o produtor vai depender da cotação do dólar no mercado interno para não perder dinheiro, conclui.