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Secretaria investiga descarte de vacinas contra aftosa na serra gaúcha

Na semana passada, 10 frascos não usados foram encontrados na localidade de Santa Bárbara, em Ana Rech, distrito de Caxias do Sul.

Redação (18/02/2008)- A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul está investigando o descarte de vacinas contra a febre aftosa na região da Serra. Na semana passada, 10 frascos não usados foram encontrados na localidade de Santa Bárbara, em Ana Rech, distrito de Caxias do Sul.

A IVZ de Caxias do Sul foi informada e está de posse do medicamento. Esta é a terceira denúncia neste ano de vacinas encontradas ainda lacradas. Em janeiro, dois processos administrativos foram abertos para apurar a origem de doses jogadas fora nas regiões de Seberi e Tapejara. As vacinas encontradas em Ana Rech são do laboratório Bayer, o que indica que não foram compradas pela Secretaria para a distribuição aos pequenos agricultores, já que o laboratório licitado é outro. De acordo com o médico veterinário do Departamento de Produção Animal (DPA), Diego Viali dos Santos, a agropecuária onde foi adquirida a vacina já foi identificada. "Agora, vamos conferir o lote dos frascos e, através da nota fiscal e do cadastro dos clientes na empresa, é possível saber para quem foram vendidos. O produtor será identificado e poderá ser punido", garante.

A propriedade desse agricultor, alerta o veterinário, poderá ser averiguada em exame sorológico para verificar a eficiência vacinal do Estado. A cada ano, o Mapa escolhe, aleatoriamente, um número de propriedades para terem amostras coletadas. "O DPA pede ao Mapa que estas regiões entrem em um sorteio dirigido", explica.

Controle

 
O rigor na fiscalização do DPA aumentou muito já em 2007, com a aplicação de 640 multas. A totalização dos dados, prevista para fevereiro, deverá alcançar mil multas a produtores que não aplicaram a vacina contra a febre aftosa no ano passado. A agilidade no controle foi facilitada com a informatização das Inspetorias Veterinárias em todo o Estado. Quem é flagrado pela fiscalização do DPA recebe multa no valor de 2% de cada animal não vacinado e tem a sua propriedade interditada, ou seja, não pode vender nem comprar nenhum produto. O proprietário ainda tem de comprar as vacinas, que são aplicadas pelos técnicos do DPA. A propriedade passa a ser classificada como "de risco", o que pode trazer prejuízos comerciais ao produtor, além de, em todas as etapas oficiais de imunização, ter de se submeter à chamada "vacinação assistida". As informações partem da Assessoria de Comunicação Social da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul.