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Setor avícola e suinícola comemoram maior poder aquisitivo

O controle a da produção tem regulado este fator.

Redação (23/04/2008)- O controle da produção pecuária é que está determinando o poder de compra do produtor de suínos e frangos neste ano. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) em relação à média de março, as duas atividades estão adquirindo mais milho ou farelo do soja. Mas quando a comparação é com o começo deste mês ou deste ano, a situação muda, apesar de os preços dos insumos terem se desvalorizado. A resposta mais rápida à demanda (pois o ciclo de produção é mais curto), deixa o produtor de frangos em situação melhor que do suinocultor.

Em abril, a cotação do suíno vivo já caiu 3,6% – R$ 2,68 o quilo. Isso porque os preços mais altos no primeiro trimestre estimularam o aumento da produção, segundo o pesquisador Thiago Bernardino de Carvalho. Desde o início do mês, a cotação do milho, no entanto, subiu 5,8% e a do farelo de soja, 0,9%. O resultado é que em relação ao início deste mês, o suinocultor está comprando menos insumos.
Carvalho diz que no ano, para o caso do milho, o poder de compra melhorou 5% mas, para o farelo de soja, caiu 8,6%. O farelo da oleaginosa registrou desvalorização dos preços no período menor que a do suíno. De acordo com o estudo do Cepea/USP, desde janeiro a cotação do animal acumula queda de 12,6%, enquanto a do milho, 16,8% e a do farelo de soja, 4,3%.
"Para o frango a relação é melhor", diz o pesquisador – referindo-se ao mês de abril. Segundo ele, como o preço do animal estava em queda, o avicultor diminuiu a produção e, agora, a cotação voltou a subir. No acumulado do mês a valorização é de 10,3% – a maior de toda a pecuária. Em abril, a cotação do boi gordo, por exemplo, aumentou apenas 0,4%.
O resultado é que o poder de compra subiu 4,24% para o milho e 9,3% para o farelo de soja. Em relação ao começo ao começo do ano, no entanto, o avicultor perdeu: 2% para o milho e 14,8% para o farelo. Isso porque, devido ao excesso de produção do primeiro trimestre, o preço do animal diminuiu 18,5% no acumulado do ano – a maior desvalorização em toda a atividade pecuária. O campeão em preços mais altos, no entanto, foi o boi gordo: 7,54% no ano.