Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Setor de ração animal prevê expansão de 10%

As indústrias de ração animal que operam no País vêem um cenário positivo para o segmento de carnes, como suínos e aves, para 2006.

Redação (25/01/06) – O setor, que em 2005, registrou um crescimento em receita de 10,7%, para US$ 9,3 bilhões, prevê para 2006 uma nova expansão próxima a 10%, conforme o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). “A previsão ainda é de que o Brasil possa expandir o volume exportado de carne de frango, avançando sobre mercados hoje afetados pela gripe das aves”, diz João Prior, secretário-executivo do Sindirações.

Ele avalia que, apesar da redução de exportações de carnes bovina e suína por conta dos casos de aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná, o desempenho desses segmentos foi positivo em 2005 e tende a ser favorável em 2006 – pelo menos em volume de exportações.

“A perspectiva é de retomada de alguns mercados internacionais para as carnes bovina e suína ao longo do ano”, afirma Prior. Ele observa que, em 2005, a área que mais reduziu as vendas por conta da aftosa foi a pecuária bovina, que responde por 3,2% das vendas de ração animal no país. A maior perda, conforme ele, foi no segmento de suplementos minerais, cuja expectativa era crescer 8% no ano, para 1,96 milhão de toneladas, mas que ficou em 1,8 milhão.

Em 2005, o setor registrou um crescimento de 9%, totalizando vendas de 47,208 milhões de toneladas. As vendas de produtos para aves cresceram 9% no período, totalizando 26,66 milhões de toneladas. A demanda de ração pelo setor de suínos teve expansão de 7% no período, para 12,34 milhões de toneladas. As vendas para bovinocultura apresentaram crescimento de 6,6% no ano, para 5,5 milhões de toneladas, sustentadas principalmente pela expansão da pecuária leiteira.

Segundo Prior, as indústrias também conseguiram melhorar sua performance financeira com a redução de custos de produção, graças principalmente à queda nos preços médios da soja e do milho. “Além da queda nos preços internacionais, a oferta desses grãos foi mais equilibrada ao longo do ano e isso permitiu às indústrias controlar melhor os custos de operação”, avalia.