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Sindirações e Ministério da Agricultura assinam parceria com a China

Entre as ações já definidas no encontro, está o envio de técnicos brasileiros a Pequim e outras províncias para interagir com profissionais chineses.

Redação (30/05/2008)- Brasil e China assinaram um memorando de entendimento com fins comerciais, técnicos, regulatórios e de transferência de tecnologia. O acordo foi firmado na última semana e teve a participação de autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Governo Chinês e executivos do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e da China Feed Industry Association. O objetivo da missão brasileira foi fomentar acordos empresariais e trocar informações estratégicas.

Entre as ações já definidas no encontro, está o envio de técnicos brasileiros a Pequim e outras províncias para interagir com profissionais chineses. A contrapartida do governo brasileiro será abrir as portas para os técnicos chineses virem ao Brasil aprender mais sobre indústria, regulamentação e tecnologia brasileiras. A diretora do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários do MAPA, Maria Angélica de Oliveira, também já iniciou as negociações para que Brasil e China troquem informações sobre seus programas de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

A comitiva brasileira visitou centros de pesquisa em Beijing e fábricas em Xian e identificou os principais interesses dos chineses em relação ao Brasil. O diretor executivo do Sindirações, Ariovaldo Zanni, explica que a China, apesar de ser um grande produtor e exportador de alimentos, enxerga o Brasil como um potencial parceiro para fornecer matéria-prima para a indústria chinesa e também para fornecer alimentos para a demanda crescente da população do país. “Os chineses acreditam no Brasil como um parceiro estratégico. Eles pretendem investir em nossas empresas para trocar tecnologia e firmar acordos comerciais”, afirma.

Zanni destaca que, no setor de nutrição animal, o Brasil ainda é muito dependente do suprimento externo. Além dos europeus e americanos, a China já se configura como importante fornecedor dos aditivos lá produzidos. A tendência é de que cada país explore o seu nicho de especialização para consolidar esta parceria. “No longo prazo, vamos conseguir enxergar os resultados desse encontro. Hoje, estamos vislumbrando apenas a ponta do iceberg”, diz.