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Soja contrabandeada

Mapa já recolheu mais de 1 milhão de sacas de sementes ilegais.

Redação (25/03/2008)- Na primeira semana de março fiscais do Ministério da Agricultura (Mapa) acompanhados pela Polícia Federal apreenderam, em Corbélia – cidade a 30 km de Cascavel, no Paraná, 4.500 sacas de semente de soja contrabandeada da Argentina, mas com identificação falsa, como variedade da Embrapa. Enquanto os ficais estavam na propriedade, técnicos da Coodetec chegaram à propriedade acompanhados de oficiais da justiça para averiguação de denúncia de comercialização de sementes como sua sem o pagamento de royalties. Em fevereiro, os fiscais apreenderam, em Mangueirinha, 21 toneladas de feijão importado para consumo, com origem no Canadá e Argentina, que estavam sendo comercializadas como semente. Desse total, 25 toneladas já tinham sido distribuídas no Mato Grosso.

Com essas duas apreensões, os fiscais do Ministério da Agricultura no Paraná interditaram, de 2004 até 17 de março/08, 1.177.000 sacas de semente ilegal de soja, trigo e outros produtos. Esse número vai aumentar nos próximos dias, pois há novas denúncias de comércio ilegal de sementes que serão apuradas nos próximos dias. “A apreensão de semente ilegal de uma empresa do oeste vai gerar mais de cem autos de infração, pois todos os clientes que adquiriram essa semente serão autuados”, avisa Scylla Cezar Peixoto Filho, chefe de Fiscalização Agropecuária do Ministério da Agricultura no Paraná.

Em busca de vantagem financeira, comerciantes oferecem aos agricultores a chamada “semente milagrosa”, geralmente material transgênico com origem na Argentina, também apelidada de Maradona. O comerciante oferece a custo menor essa semente de qualidade duvidosa e transmissora de pragas, além de, na maioria das vezes, introduzir ervas daninhas na lavoura do agricultor. Adota várias estratégias para evitar o flagrante, como os propagandistas, lojas de insumos, vendedores ambulantes e venda direto da propriedade para os compradores. No entanto, mais cedo ou mais tarde, comerciantes e compradores acabam caindo na rede da fiscalização (Ministério da Agricultura e obtentores públicos e privados), como provam as 571 mil sacas de semente apreendidas no Paraná apenas no ano passado. As informações são da assessoria de imprensa da Apasem.