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Soja proibida

Agricultores do Paraná que não respeitaram o vazio sanitário da soja começam a ser notificados e multados. Muitas lavouras estão sendo destruídas para evitar o risco de propagação da ferrugem asiática.

Redação (26/06/2008)- A lavoura no município de Campo Mourão, no norte do Paraná, é de soja safrinha. O cultivo foi muito comum durante vários anos no Estado, mas desde 2007 é proibido por lei. O chamado vazio sanitário entrou em vigor no Paraná no dia 15 de junho. O dono da propriedade não quis gravar entrevista. Ele foi notificado pela Secretaria de Agricultura do Estado e obrigado a dessecar a lavoura.

O vazio sanitário é uma medida preventiva contra a ferrugem asiática. Segundo os especialistas, o prazo de três meses sem o cultivo ou qualquer contato com a folha verde diminui as chances da doença se desenvolver nas lavouras de soja.

A intenção é proteger a safra de verão, que começa a ser plantada no final de setembro. A soja safrinha poderia deixar vestígios do fungo da ferrugem e provocar mais estragos na safra seguinte.

De acordo com Erikson Chandôa, chefe regional da Secretaria de Agricultura do Paraná, a fiscalização está sendo feita em todo o Estado. Todos aqueles que plantaram a safrinha estão sendo notificados. Alguns receberam prazo para dissecar a lavoura e antecipar a colheita. Quem não cumprir a determinação poderá ser multado.

“Se ele não cuidar e tiver a soja infectada pelo fungo, ele também não vai colher soja. Ele, com certeza, vai ter prejuízo e, evidentemente, seu empreendimento não vai para frente”, avisou Chandôa.

O vazio sanitário da soja está em vigor em nove Estados brasileiros.