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Stephanes diz que aquecimento global preocupa a agricultura

O ministro destacou que eventos como o Fórum de Legisladores G8 + 5 Mudanças Climáticas, promovido pela Globe International pela primeira vez no Brasil, estimulam o debate e a busca de soluções.

Redação (20/02/2008) – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta quarta-feira (20), ao chegar ao “Fórum de Legisladores do G8 + 5 Mudanças Climáticas”, em Brasília, que o aquecimento global é uma realidade que afeta todos os países, sendo visto com muita preocupação pela agricultura, por causa da adaptação das culturas e produções às mudanças que vão ocorrer nos próximos 50 anos.

Stephanes destacou que eventos como o “Fórum de Legisladores G8 + 5 Mudanças Climáticas”, promovido pela Globe International pela primeira vez no Brasil, estimulam o debate e a busca de soluções, não apenas por parte de países em desenvolvimento, como também pelos industrializados. Ele informou ainda que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), junto com a Embrapa, vem analisando cenários climáticos que projetam a produção agrícola brasileira, de acordo com as simulações de elevação da temperatura nas próximas cinco décadas.

Para o ministro, o Brasil e a América do Sul não são os vilões do aquecimento global, uma vez que, a emissão de gases de carbono vem ocorrendo, há mais de cem anos, fruto do processo de industrialização dos chamados países do primeiro mundo. “A responsabilidade das nações altamente industrializadas é muito grande, principalmente na busca das alternativas de soluções mais adequadas”, afirmou. Na visão do ministro, os países da Europa são mais sensíveis à participação no processo do que outros, que são grandes poluidores, como os Estados Unidos e a China.

Stephanes lembrou que o Brasil se engajou nessa discussão há muito tempo, citando a Rio 92, por exemplo, evento do qual participou como ministro. Para ele, a questão do desmatamento no Brasil, teve dois momentos cruciais, no passado com o avanço das fronteiras agrícolas no interior do país e, atualmente, com o comércio ilegal de madeira. O ministro reafirmou que a produção agrícola brasileira não precisa derrubar árvores dentro do bioma amazônico para avançar.