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Suinocultura e avicultura devem aumentar volume de abates no PR em 2008

Já na pecuária, as expectativas não são tão

Redação (08/01/2008)- A suinocultura e o setor avícola devem registrar em 2008 um aumento no volume de abates no Paraná. Já na pecuária, as expectativas não são tão positivas: o setor, que já está registrando carência de animais para abate, pode sofrer os efeitos do aumento de exigências por parte da União Européia e ter as exportações reduzidas no ano que vem. Em linhas gerais, é este o cenário previsto pelo assessor econômico do Sindicato da Indústria de Carnes no Paraná (Sindicarne-PR), Gustavo Fanaya.

Segundo Fanaya, desde o início do ano a saca de milho já subiu 58% e a soja,
42%. A alta nos preços dos insumos já está refletindo no preço especialmente
do suíno, porém não na mesma proporção. No Paraná, o preço do suíno vivo
subiu 45% desde janeiro. "A questão é que o milho representa 70% da ração de
suínos. O preço (do suíno) esteve baixo durante o ano todo; só nos últimos
meses houve uma recuperação", apontou. Entre janeiro e novembro deste ano, o
Paraná abateu 3,810 milhões de cabeças de suínos, e a previsão é encerrar o
ano com 4,150 milhões – volume 9% maior do que o mesmo período do ano

passado. "No ano que vem, esse volume deve ser superado", prevê Fanaya. A
abertura do mercado russo contribui para este cenário favorável.

Outro setor que sofre, e com maior intensidade, os efeitos da alta do milho
é o avícola. Puxado principalmente pelo mercado externo, o setor registrou
este ano, de janeiro a novembro, abate de 1,027 bilhão de unidades, devendo
fechar o ano em 1,125 bilhão – volume 10,5% maior do que o ano passado. "A
tendência é que esse número continue crescendo", destacou.

No sentido contrário, a pecuária de corte deve encerrar o ano com queda de
quase 10% no número de abates na comparação com 2006: cerca de 1,150 milhão
de cabeças este ano contra 1,270 milhão no ano passado. Segundo Fanaya, para
2008 não há expectativa de reversão. "Acho que não haverá número de animais
suficiente. Na melhor das hipóteses, os números vão se repetir", comentou.