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Suínos e aves garantem expansão de região do PR

Empresários do sudoeste se unem para alcançar crescimento acima da média estadual.

Redação (21/01/2008)- A Região Sudoeste se industrializa à medida que enriquece com a agropecuária e seus empresários percebem novas possibilidades de expansão em negócios bastante diversificados, que incluem a lapidação de pedras preciosas.

Formada por 37 cidades com população total de 472 mil habitantes, a região cresce acima da média estadual, de acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Em 2004, passou a representar 4,4% do PIB do Paraná, ante 3,9% em 1999.

São vários Arranjos Produtivos Locais (APLs – empresas do mesmo ramo organizadas entre si), nas áreas de confecção de moda masculina, móveis, utensílios de alumínio, software e pedras preciosas.

Na cidade de Chopinzinho, muitos produtores rurais tiram uma segunda renda da extração de ametista, pedra preciosa encontrada no subsolo de lá. Depois da criação da Cooperativa de Pedras Ametistas do Sudoeste do Paraná (Copasp), os 27 associados pediram ao Ministério da Integração Nacional um investimento de R$ 141 mil em maquinário, que permite trabalhar as pedras, hoje vendidas em estado bruto para outros estados. Até mesmo a loja de artesanato da cidade compra pedras do Rio Grande do Sul, porque na região não encontra o produto beneficiado. "Só o fato de lavar a pedra e cortá-la já eleva o preço, e é isso que os trabalhadores querem", diz o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae-PR) responsável pelo projeto na região, Sabino Oltramari.

A meta do pólo da ametista é conseguir, até 2010, o maquinário adequado para treinar 300 trabalhadores e abrir 30 oficinas de martelação e lapidação das pedras.

Treinamento conjunto é uma etapa já alcançada pelo APL com mais tempo de estruturação no Sudoeste, o de confecção. Os empresários vêm se especializando na alfaiataria masculina, negócio central de cerca de 20% das 289 empresas de confecção da região. A produção é de 2,5 mil ternos por dia, feitos por 5,6 mil trabalhadores diretos.

As compras de matéria-prima no valor total de R$ 10 milhões por mês começam a ser feitas em conjunto – uma forma de diminuir gastos e aumentar o poder de barganha. "Tínhamos apenas o curso superior de tecnologia do vestuário da Unisep, e hoje são sete escolas e um centro de treinamento em construção", diz a gestora do APL, Solange Stein.

O APL de móveis do Sudoeste, em formação há dois anos, reúne 37 empresas em 14 municípios. "Estamos tentando suprir carências comuns como a falta de um curso na área de planejamento de produção", conta o coordenador, Edgar Behne. Como a matéria-prima é a mesma para quase todos, um centro de compras conjunto está em planejamento.