Conforme dados fornecidos pelo Departamento de Economia Rural (Deral), os prejuízos estimados ocasionados pela proliferação de doenças como a soja e a esclerotínea no cultivo da soja na safra 2007/08 já chegam a R$ 45 milhões. Os prejuízos, segundo o engenheiro agrônomo, José Roberto Tosato, ainda não foram concluídos.
Segundo o engenheiro agrônomo do núcleo regional da Seab em Ponta Grossa, Jair Pescador, que responde pela chefia estadual do Programa das Grandes Culturas, o programa tem como principal ação o vazio sanitário – ou seja – um período de ausência total de plantas vivas de soja no período de 90 dias, para que o fungo da ferrugem não encontre o hospedeiro preferencial que é a soja. “Os 90 dias foram estabelecidos como certa margem de segurança em função do maior período de sobrevivência do fungo em folhas de soja infectadas”, completa.
O engenheiro alerta que para que este procedimento funcione é necessário que todos os agricultores tomem essa medida, pois o fungo é transportado pelo vento. “Com isso pretende-se interromper o ciclo de desenvolvimento do fungo causados da doença e principalmente diminuir os custos com vários tratamentos nas safras seguintes”, diz.
O vazio sanitário da soja seja executado no período de 15 de junho a 15 de setembro. Segundo Pescador, o comprometimento na vigilância e denúncia são fundamentais para que essa medida de controle da ferrugem asiática as soja tenha sucesso e os prejuízos causados por ela sejam reduzidos. “Os agricultores que arriscaram plantar a soja safrinha terão que colher suas lavouras antes do dia 15 de junho. Caso contrário os produtores estarão sujeitos as sanções previstas em lei”, alerta.
Medida
No Estado, programa é inédito
O Programa Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PECFS) que institui o “Vazio Sanitário” pela Resolução Estadual Nº120/2007 estabelece competências na eliminação das plantas vivas e/ou remanescentes de soja até 14 de junho de cada ano. A fiscalização do cumprimento da Resolução caberá a Seab/Defis com base na Lei Estadual Nº 11.200 de 13/11/95. Para maiores informações procure os Núcleos Regionais da SEAB ou órgão de assistência técnica pública ou privada e de apoio ao agricultor.
