Redação (20/01/06) – Foram vendidas 366,8 milhões de doses, volume recorde e 5% maior que o do ano anterior. Para este ano, as vendas devem aumentar 3,6%, para 380 milhões de doses.
“Em alguns estados, como Mato Grosso e Minas Gerais, a vacinação é obrigatória no mês de maio, mas na segunda etapa, em novembro, ela é obrigatória somente para animais de até dois anos de idade, considerados mais suscetíveis. Porém muitos pecuaristas decidiram vacinar nas duas etapas para assegurar a imunidade do gado”, diz Emílio Salani, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).
Mato Grosso e Minas Gerais foram, respectivamente, o segundo e o terceiro estados com maior volume de vendas, atrás apenas de Goiás.
Salani admite que houve dificuldades na distribuição em 2005, em razão da procura inesperada pelas vacinas, mas garante que não haverá problemas de abastecimento neste ano. As indústrias têm capacidade instalada de 500 milhões de doses e devem produzir cerca de 435 milhões de doses: 380 milhões para o mercado interno, entre 40 milhões e 50 milhões para os estoques reguladores do governo e entre 10 milhões e 15 milhões para exportação. No ano passado, as vendas externas para Bolívia, Paraguai e Uruguai atingiram 10 milhões de doses.
As vendas de vacinas contra a raiva herbívora também cresceram. Foram comercializadas 113,5 milhões de doses, volume 40% maior que a previsão inicial do governo, que falava em 81 milhões de doses. Em relação ao ano anterior, o aumento é de 5%. Os dados são da Central de Selagem de Vacinas, órgão criado pelos setores público e privado onde é centralizado o controle de qualidade pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Os pecuaristas estão mais atentos ao controle da doença em razão da ocorrência em alguns estados”, diz Salani.