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Ovos de volta à mesa

Diferente do que foi dito no passado, eles não causam ataques cardíacos. Na verdade, eles podem ajudar na dieta das pessoas, dizem especialistas.

Redação (12/02/2009)- Após décadas sendo banido do cardápio diário, o ovo foi finalmente absolvido da injusta acusação de aumentar o colesterol. É completamente seguro trabalhar com um ovo, afirmam especialistas depois de um estudo que extingue o mito de que eles causam ataques cardíacos. Na verdade, dois ovos por dia podem fazer parte de uma dieta balanceada que ajuda na eliminação de peso.

Passado- A British Heart Foundation costumava recomendar que as pessoas deveriam limitar seu consumo de ovos, no máximo, em três por semana. Alegavam que o produto contém colesterol, vilão responsável pelo risco de ataque cardíaco. Após 2005, a recomendação foi banida, uma vez que estudos comprovavam que a substância presente nos ovos ia em quantidade pouco significativa ao sangue.

Uma pesquisa feita pelo British Egg Information Service concluiu que 45% da população inglesa não sabia da falsidade da "instrução dos 3 ovos por semana", continuando a seguir fielmente os seus limites.

Um documento será divulgado pela British Nutrition Foundation, onde especialistas retiram qualquer evidência de que o consumo de ovos aumentam o risco de ataques cardíacos. De acordo com eles, outros fatores como o excesso de peso, fumar ou o sedentarismo influenciam diretamente os níveis de colesterol e ataques.

Se você precisa reduzir o nível de colesterol, é mais importante diminuir a quantidade de gordura saturada a partir de alimentos como carnes gordas, produtos lácteos, bolos, biscoitos e pastéis.

As únicas pessoas desaconselhadas a comer ovos são aquelas com uma condição chamada hipercolesterolemia familiar.

Ovos e Ovos: Superproteína

O ovo espanta a fome como ninguém. "Por ser fonte de proteína de alto valor biológico, rico em aminoácidos essenciais, a digestão fica mais lenta, o que ajuda no aumento da saciedade", afirma a nutricionista funcional Lucyanna Kalluf, do Instituto Alpha de Saúde Integral, de São Paulo. Isso evita que a pessoa belisque ou coma demais ao longo do dia. "Daí a vantagem de ingerir esse alimento no café da manhã", completa.

Gordura do bem
A gema do ovo contém gorduras do bem – a monoinsaturada e ômega 3 -, o que ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue, evitando picos de insulina, que disparam o apetite e favorecem o depósito de gorduras.

Clara poderosa
A clara possui leucina, um aminoácido que ajuda a manter a massa magra, diminuindo espaço para a gordura. "Tanto que os suplementos nutricionais para atletas levam tal ingrediente, usado para minimizar os riscos de perda de músculos", afirma a nutricionista Andrea Rabay, de São Paulo. E quanto mais músculos seu corpo tem, mais calorias ele queima.

Fonte de bem-estar
"O ovo é também uma excelente fonte de triptofano, aminoácido precursor da serotonina, substância que está associada à sensação de bem-estar", afirma Tânia Collino, nutricionista clínica funcional, de São Paulo. Essa pode ser uma explicação para o fato de mulheres que ingeriram tal alimento durante pesquisa realizada na Bélgica relatarem menor nível de ansiedade. Ótima notícia para quem quer enxugar as formas. Porque, quando nos sentimos bem, fica muito mais fácil controlar os nervos e o garfo.

E outros benefícios mais
A gema também tem várias nutrientes, como vitaminas A, do complexo B, E, K, D, zinco, ferro e selênio. Todas essas substâncias antioxidantes ajudam a equilibrar o organismo e combater o envelhecimento precoce das células. "Além disso, o ovo apresenta colina, um nutriente essencial para a saúde do cérebro, inclusive para formação de novos neurônios. Por essa razão, o consumo de colina é indicado na prevenção das doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson", afirma a nutricionista Tânia. E tem mais: "esse alimento é superleve (além de barato), contém apenas 70 calorias e sacia a fome por ser excelente fonte de proteína, assim como a carne, que fica em desvantagem por pesar bem mais no cardápio e trazer gordura saturada, prejudicial à saúde", afirma a nutricionista Andrea.