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Indústria de rações prevê crescimento de 5% no ano

Segundo a projeção do Sindirações, a produção deverá atingir 63,9 milhões de toneladas.

Redação (27/02/2009)- Mesmo com os percalços do setor, que incluem arrefecimento da demanda e fechamento de mercados no exterior, a indústria brasileira de nutrição animal mantém a aposta de novo ano de crescimento em 2009. O segmento de ração para bovinos deverá ser, proporcionalmente o de maior avanço no ano, de acordo com os cálculos do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). 
 
Segundo a projeção da entidade, a produção de rações deverá atingir 63,9 milhões de toneladas, volume 5% superior às 60,8 milhões de toneladas de 2008. No ano anterior, o volume havia sido de cerca de 54 milhões de toneladas. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial, atrás de Estados Unidos e China – a União Europeia tem volume superior ao chinês, mas apenas na soma dos países que a compõem.

Antes do último trimestre de 2008, quando a crise global estourou definitivamente, a previsão do Sindirações era que o mercado brasileiro atingiria a produção de 70 milhões de toneladas em 2010. Mesmo essa projeção não foi alterada pela entidade, que ainda acredita que alcançar a marca seja factível. 

"O mercado mostrou-se muito ruim em janeiro e fevereiro, mas já há alguns sinais, mesmo que fracos, de melhora da demanda e de abertura de mercado para as carnes que estão retraídos", diz Ariovaldo Zanni, diretor-executivo do Sindirações. "Ao longo de 2009, o crescimento vai compensar esse início de ano ruim. E todas as projeções apontam para uma melhora da economia em 2010". 

O segmento de rações para bovinos deverá chegar a um volume de quase 8 milhões de toneladas com o crescimento de 8,8%, segundo a projeção da entidade. "Esse setor não está voando em céu de brigadeiro, mas a situação do produtor é um pouco menos ruim porque o animal da pecuária de corte pode continuar no pasto em caso de queda da demanda", afirma Zanni. 

No mercado, já se fala em queda de 20% no confinamento por conta da queda do preço do boi gordo, o que tende a reduzir a demanda pela nutrição animal. Em 2008, o confinamento chegou a 549 mil cabeças entre os 50 associados da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon). 

O segmento de ração para aves, o mais importante para a indústria de alimentação animal, deverá crescer 4,1% em 2009, para 33,6 milhões de toneladas, segundo a projeção do Sindirações. Zanni reafirma a previsão mesmo ao citar a queda do número de pintos alojados ocorrida nos últimos meses, passando de 490 milhões para 411 milhões. "O mercado está mais devagar, mas as exportações devem ser retomadas", diz. 

Para o segmento de ração para suínos, espera-se avanço de 5%, para 16,1 milhões de toneladas.