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Soja no oriente

Japão elevará venda da oleaginosa em 67%. China deve aumentar suas compras. Soja convencional está escassa.

A Kanematsu Corp., maior importadora de soja para a produção de alimentos do Japão, pretende elevar suas vendas da oleaginosa em 67% em três anos. A trading está aumentando o volume dos contratos de fornecimento do produto do Canadá e ampliando suas vendas para a Europa e a Ásia.

“As vendas de soja não transgênica pela empresa vão subir para 200 mil toneladas em 2012 em relação às 120 mil toneladas deste ano, para atender à demanda de países como Japão, Coreia do Sul e Espanha”, disse Katsumi Morita, diretor-geral do departamento de grãos e oleaginosas da Kanematsu.

A trading pretende elevar o volume adquirido do Canadá, o segundo maior fornecedor de soja do Japão, de 80 mil toneladas para mais de 130 mil toneladas, segundo ele.

As fabricantes de alimentos do Japão, o maior mercado de exportação de soja não transgênica, estão pagando ágios cada vez maiores para garantir o abastecimento do produto, em um momento em que os sojicultores dos Estados Unidos, o maior produtor mundial, elevam o plantio de soja transgênica, de maior rendimento e mais fácil de cultivar.

Empresas como a Kikkoman Corp. resistem a empregar esses produtos devido à preocupação do consumidor com o grau segurança dos alimentos. Taiwan e Coreia do Sul também importam soja não transgênica.

“A soja não transgênica deverá escassear, uma vez que, ao que tudo indica, a China começará a demandar o produto”, disse Takaki Shigemoto, analista da empresa de pesquisa e investimentos JSC Corp. “Para assegurar uma oferta suficiente, as empresas japonesas têm de diversificar”, acrescentou.

Atualmente, a China emprega soja local para utilização em alimentos e importa o grão para esmagamento, voltado para a produção de óleo de cozinha e ração animal.

China

A China deve comprar 42,48 milhões de toneladas de soja neste ano, um aumento de 13,5% contra o último ano, de acordo com pesquisa do Centro Nacional de Informações de Grãos e Óleos da China (CNGOIC).

O centro estimou que as importações em novembro e dezembro totalizarão 7,6 milhões de toneladas. “Apesar do fato de que alguns carregamentos poderiam sofrer atrasos em dezembro, há ainda possibilidade de as importações em todo o ano excederem 42 milhões de toneladas”, diz a pesquisa. Compradores chineses contrataram um alto volume da safra de soja dos EUA em meio a um recorde de produção no País.