Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Economia

Ceia natalina vai seguir a inflação

<p>Produtos estão de 5% a 10% mais caros em relação a 2008 em Uberlândia (MG). Dica é fazer pesquisa de preços.</p>

O consumidor terá um gasto a mais na hora de comprar os produtos para compor a ceia de Natal deste ano. Os alimentos típicos da época, como o panetone, bacalhau, castanhas, peru, pernil, frutas secas e naturais tiveram um aumento de 5% a 10% no valor final desde o início do ano.

O aumento segue o porcentual de inflação do ano medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC), que está estimada em 5%, 1% a menos que o ano passado. Os números são menores que em 2008, já que houve aumento de 30% em relação a 2007.

Em um supermercado de Uberlândia, o panetone, que, antes do período natalino custava R$ 7,89, aumentou para R$ 7,99. Segundo o gerente Cleivon Guerra, estes preços sofrerão ajustes durante o mês. “Tivemos um pequeno reajuste no valor devido à inflação, mas os preços estão sujeitos a mudanças”, disse.

O peru, também um dos produtos mais vendidos no período, sofreu reajuste de 5% em relação ao ano passado. Segundo Guerra, os preços variam de R$ 3,99 a R$ 9,90 o quilo. “A diferença pode ser de R$ 0,50 ou menos em relação a 2008.”
Alguns produtos como nozes, castanha do Pará e de caju tiveram queda de até 50% nos preços. A castanha que custava R$ 9,95, 200 gramas, neste ano custará de R$ 3,50 a R$ 4,45. “Alguns produtos tiveram queda e outros, aumento. Isso gera equilíbrio para o consumidor”, disse o gerente.

A dona de casa Ana Fábia Guedes Pereira, de 42 anos, que já pesquisava frutas para a ceia, ressalta que não sentiu diferença nos preços. “Se continuarem assim teremos uma ceia farta neste fim de ano”, disse.

Variação pode chegar a até 100% – A variação dos preços de um supermercado para outro pode ser de até 50%. A diferença no preço do panetone pode girar em torno de R$ 2 de uma loja para outra. O produto pode custar de R$ 3,90, das marcas mais baratas, a R$ 20,40, dos mais sofisticados.

As bebidas lideram a lista de diferença nos preços. Em quatro estabelecimentos pesquisados pela reportagem do CORREIO, o preço pode superar a margem de 100% na comparação. O vinho Canção, por exemplo, pode custar de R$ 3,50 a R$ 6,90.
Os espumantes, como a Cidra Cereser, também se destacam nesta lista. No primeiro supermercado pesquisado a bebida custa R$ 4,45; no segundo, R$ 4,99; no terceiro, R$ 3,20 e, no quarto, R$ 6,50. Já a champanhe varia de R$ 20 a R$ 50, dependendo da marca.

O superintendente do Procon de Uberlândia, Franco Cristiano Alves, ressalta que, em determinados produtos, a variação de preços é significativa, portanto, o consumidor precisa estar atento. “O consumidor deve fazer uma pesquisa prévia para não ter prejuízos”, disse.

A dica, conforme Alves, é fazer uma lista com todos os produtos que pretende comprar e fazer uma pesquisa em vários estabelecimentos. “Os preços variam de acordo com a localização do supermercado ou do tamanho e quem pretende economizar deve pesquisar.”

Consumidor comprará na 2ª quinzena

Em Uberlândia, os consumidores vão deixar para ir às compras a partir da segunda quinzena do mês. Os entrevistados pelo CORREIO ressaltaram que o principal motivo é a espera por promoções por parte dos supermercados.

O panetone já estava no carrinho de compras, mas a dona de casa Maria Abadia Dias, de 54 anos, disse que vai começar a comprar os produtos para a ceia uma semana antes do Natal. “Sempre há promoções, então, vamos esperar para tentar gastar o menos possível”, disse.

A técnica em enfermagem Elisabete Keime, de 58 anos, também levou o panetone para casa, mas pretende pesquisar os preços dos produtos típicos na próxima semana. “Comprei o panetone independente da data, eu sempre compro. Agora para o Natal, somente na próxima semana.”

A psicóloga Carolina Abdelnur Alves, de 38 anos, revela que ainda não definiu o que vai ser feito para a ceia de Natal, porém, pretende economizar neste ano. Segundo ela, tradicionalmente, a família se reúne em casa e cada um fica encarregado de levar um prato. “Ainda não comecei a procurar, mas pretendo não gastar muito.”