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Economia

Bancos abandonam commodities

<p>Movimento contrasta com o início da década, quando bancos se apressavam em estabelecer seus negócios em commodities.</p>

O sinal do Royal Bank of Scotland, de que poderá se desfazer da sua participação de 51% na joint venture de commodities RBS Sempra, caracteriza a mais recente retirada de banco do setor de commodities durante a crise financeira.

O movimento contrasta com o início da década, quando os bancos se apressavam em estabelecer seus negócios em commodities, que estiveram entre os seus setores mais rentáveis, no propósito de se alinhar com os líderes Goldman Sachs, Morgan Stanley e Barclays.

Com sua saída das commodities, o RBS seguirá o UBS e os falidos Lehman Brothers e Bear Stearns. A unidade de commodities do Fortis foi vendida ao BNP Paribas e o Citigroup vendeu sua lucrativa operação Phibro à petrolífera Occidental Petroleum, dos EUA, apesar de o Citi manter outras negócios na área.

O RBS chegou tarde ao setor de commodities, tentando alcançar os rivais pela compra, em 2007, de uma participação majoritária no Sempra Commodities, uma subsidiária do conglomerado de energia Sempra, dos EUA. O RBS pagou US$ 1,36 bilhão por seus 51%.

Donald E. Felsinger, executivo-chefe da Sempra Energy, disse que, pelos termos do acordo da Sempra com o RBS, o banco está obrigado a “manter sua titularidade da joint venture até abril de 2012” e acrescentou que ele entendia que qualquer ordem de alienação vinda da Comissão Europeia “deva possibilitar uma transição organizada” e o cumprimento do prazo de 2012.

George Stein, sócio diretor do Commodity Talent, disse que o RBS Sempra “enfrentava um terreno acidentado com a titularidade do governo no RBS, e um modelo de negócios construído em grande parte com base em operações com carteira própria, usando capital do banco num ambiente em que o risco não é politicamente viável”.

“Além disso, a operação perdeu sua alta direção logo depois da injeção de capital do governo, que foi seguida de uma fuga de grandes talentos que rumou na direção de plataformas mais estáveis”

A redução no número de bancos que operam em commodities provavelmente beneficiará instituições como JPMorgan e Deutsche Bank e também ajudará o BNP Paribas, Société Générale, Credit Suisse, Citigroup, Bank of America-Merrill Lynch, Macquarie e Standard Chartered.

Eles estão investindo em commodities, o que, segundo os consultores, reflete a rentabilidade do setor e a crença de que ele proporciona uma rara oportunidade, enquanto outros setores encolhem.