A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não defende os ganhos do período da manhã e passar a operar em terreno negativo. Por volta das 13h20, o Ibovespa recuava 0,61%, a 60.940 pontos, com giro financeiro em R$ 2,47 bilhões.
As vendas por aqui seguem o mercado americano, onde o humor dos agentes não resistiu à queda inesperada do índice de confiança do investidor. Há pouco, o Dow Jones recuava 0,21%, enquanto o Nasdaq perdia 0,43%.
Segundo o Conference Board, o índice de confiança caiu para 53,1 em setembro vindo de 54,5 em agosto. A previsão era de alta para 57. Esses números contrastam com a sondagem feita pela Universidade de Michigan, que, na semana, mostrou avanço no seu indicador de 65,7 pontos para 73,5 pontos.
Antes disso, os agentes receberam o índice de preço de imóveis da S & P Case-Shiller, que surpreendeu de forma positiva a apontar alta de 1,6% em julho, marcando, assim, o terceiro mês seguido de alta.
Segundo operador de mercado que prefere não se identificar, segue a história do mercado cansado do movimento de alta, mas sem motivos fortes para vendas acentuadas.
“Temos apenas uma realização de lucros dentro do normal” , diz o especialista, apontando que a queda ainda é bastante limitada.
Na visão do operador, por ser fechamento de trimestre o mercado não deve passar por grande alteração entre hoje e amanhã, já que muitos fundos têm sua cota calculada no com base nisso.
Mas o início de outubro pode ser um divisor de águas, diz. Além dos fundos estarem liberados para a possibilidade de correção, a agenda reserva dados importantes, com o relatório sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.
Dentro do Ibovespa, Petrobras PN lidera o volume negociado, recuando 1,11%, para R$ 34,50. Vale PNA também mudou de lado, caindo 0,73%, a R$ 36,53.
Acompanhando os pares externos, os bancos seguem em terreno positivo. Itaú Unibanco PN ganhava 1,58%, a R$ 34,60, como segundo maior volume do pregão. Bradesco PN ganhava 2,11%, a R$ 34,34, e Banco do Brasil ON subia 0,70%, a R$ 30,21.
Ainda entre os mais negociados, Pão de Açúcar PNA recuava 0,85%, a R$ 48,86, e Gerdau PN desvalorizava 1,74%, a R$ 23,63.
As empresas de cartão de crédito perdem valor conforme o governo aperta o cerco contra verticalização do setor. Matéria do jornal Valor aponta que novas medidas para estimular a competição no mercado devem ser anunciadas amanhã. Redecard ON perdia 2,68%, a R$ 27,50, maior perda dentro do Ibovespa. Fora do índice Visanet ON recuava 1,83%, a R$ 17,69.
Depois de ganhos expressivos, ontem, as construtoras voltam a perder valor. Cyrela ON desvalorizava 2,39%, a R$ 23,22, e Gafisa diminuía 1,62%, a R$ 27,30.
No câmbio, as vendas continuam, mas a intensidade é bem menor que a registrada pela manhã. Há pouco, o dólar comercial recuava 0,11%, a R$ 1,791 na venda, depois de cair a R$ 1,787. O Banco Central já atuou no mercado à vista, tomando dólares a R$ 1,789.