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Economia

Bolsa em alta

<p>Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sobe 1,4% e conquista os 60 mil pontos pela primeira vez desde julho de 2008.</p>

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acentua o movimento de alta e opera acima dos 60 mil pontos pela primeira vez desde julho do ano passado. Por volta das 13 horas, o Ibovespa aponta alta de 1,40%, a 60.091 pontos, com giro financeiro em R$ 2,72 bilhões

Segundo o operador-sênior da TOV Corretora, Décio Pecequilo, os 60 mil pontos foram alcançados com certa facilidade, mas, depois de confirmado o rompimento dessa linha, o índice pode passar por processo natural de realização de lucros.

Para o especialista, os números são muito expressivos. Em apenas 11 meses o mercado brasileiro saiu dos 29.435 pontos para cima dos 60 mil, o que representa uma alta de mais de 100%.

Segundo o operador, tal comportamento da bolsa é reflexo de diversos fatores internos, como empresas que reagiram à altura da crise, se adaptando, evoluindo e faturando.

Ainda pelo lado doméstico, Pecequilo aponta que o Brasil sempre esteve um passo à frente durante a crise, com adoção de medidas no campo fiscal e monetário. “Outra preciosidade foi o consumo da classe C, que responde por 53,2% da população brasileira. Foi ela que manteve a economia viva, forte e isso foi extraordinário para as empresas” , diz Pecequilo.

Soma-se a tudo isso a participação do investidor externo, que veio com tudo para o mercado brasileiro. O saldo acumulado no ano até o dia 11 de setembro já somava R$ 14,478 bilhões. “A liquidez global ainda é bastante grande em função dos incentivos dos governos ao redor do mundo. Esse dinheiro tem que buscar remuneração e vem para o Brasil” , diz o especialista, lembrando que em termos de rentabilidade, a bolsa brasileira perde apenas para a Bolsa de Xangai.

A incógnita, segundo Pecequilo, é a retirada desses incentivos sem precedentes tomados no período mais grave da crise. Se for prematura, pode jogar a economia na recessão. Se demorar demais, cresce o risco de maiores problemas com as contas públicas, notadamente nos Estados Unidos.

No front corporativo, destaque para os papéis da JBS, que anunciou hoje sua associação com o frigorífico Bertin. Em outro negócio, a empresa fechou acordo para a compra da Pilgrim´s Pride, empresa americana do setor de frango. Há pouco, o papel ON da JBS saltava 8,42%, valendo R$ 8,62.

A percepção de retomada na atividade econômica dá sustentação ao preço das commodities, dando atratividade, também, aos principais ativos negociados na bolsa brasileira.

O papel PN da Petrobras lidera o volume negociado, subindo 1,61%, a R$ 33,94. Vale PNA subia 0,88%, a R$ 35,15, maior preço em um ano.

As siderúrgicas também atraem compradores. Usiminas PNA tinha acréscimo de 3,58%, a R$ 46,90, CSN ON valorizava 2,43%, a R$ 53,78, e Gerdau PN aumentava 2,38%, a R$ 23,59.

Entre os bancos, Itaú Unibanco PN e Bradesco PN avançavam mais de 1% cada a R$ 33,84 e R$ 33,33, respectivamente.

Ainda na ponta compradora, Rossi ON tinha alta de 4,48%, a R$ 13,50. Copel PNB subia 3,47%, a R$ 31,25, e Tim Part PN valorizava 3,40%, a R$ 4,55.

Fora da festa, Light ON caía 0,98%, a R$ 25,14, Klabin PN recuava 0,95%, a R$ 4,16, e Redecard ON perdia 0,85%, negociada a R$ 25,58.

No câmbio, os vendedores seguem atuando, mas encontram alguma resistência em levar o dólar abaixo da linha de R$ 1,80. Há pouco, o dólar comercial caía 0,27%, a R$ 1,802 na venda, depois de cair a R$ 1,795 na mínima da manhã.