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Exportação

Sistema de cotas

<p>Rússia desconversa sobre cota maior para as carnes brasileiras. Elas representam 50% das exportações nacionais.</p>

O presidente russo, Dmitri Medvedev, não deu indicações de que Moscou vá atender às demandas do Brasil de melhorar o acesso para as carnes brasileiras. As carnes representam 50% das exportações totais brasileiras para o mercado russo, e o setor privado vem cobrando o fim de barreiras a esses produtos.

Quando Medvedev visitou o Rio, em novembro do ano passado, o governador Sergio Cabral fez um churrasco para ele. Ontem, o presidente Luis Inácio Lula da Silva contou ao russo que reclamou com Cabral, porque ele podia ter preparado um churrasco melhor. Medvedev sorriu e retrucou, dizendo que a carne estava muito boa.

Um porta-voz do Palácio do Planalto relatou que Lula tocou na questão das carnes na reunião, já sem a presença da imprensa. Medvedev teria retrucado que o consumidor russo quer carne boa, sem ir além disso.

Indagado após a reunião bilateral como afinal ficou a situação das carnes brasileiras, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que “houve referência geral ao comércio”. Segundo ele, a discussão vai prosseguir no começo do ano que vem, quando Lula volta a Moscou para uma visita oficial.
No ano passado, pouco depois de Medvedev ter visitado o Brasil, Moscou alterou o sistema de cotas de carnes e tirou uma fatia do acesso de produtores brasileiros, para beneficiar americanos e europeus.

No início do mês, o governo russo levantou a proibição de importação de carne suína de Santa Catarina. Desde dezembro de 2005, Santa Catarina teve seus embarques suspensos, devido a focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná. Os catarinenses, por serem vizinhos, foram prejudicados.