Redação (19/11/2008)- O frigorífico Estrela deve encerrar as atividades na unidade de Ribas do Rio Pardo, município distante 94 quilômetros de Campo Grande, o que pode provocar prejuízo estimado em R$ 100 milhões. A informação é do presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Junior, que analisa junto à classe produtora, ações para minimizar o impacto à categoria.
Segundo o presidente da entidade, a diretoria da empresa já havia entrado em contato com a Famasul há 15 dias para tentar negociar as dívidas. No entanto, ontem entrou com processo de recuperação judicial.
É mais uma empresa do setor que começa a sentir o impacto da crise financeira mundial. Os frigoríficos Campo Oeste e Margen já adotaram medidas judiciais semelhantes somente este ano, segundo o presidente da Famasul.
Para Ademar, trata-se de um momento de “sinal amarelo” para os produtores devido aos problemas observados na indústria. Ele explica que a Famasul tenta criar uma câmara de arbitragem para discutir mecanismos e acordos para evitar grandes perdas aos produtores.
Ademar explica que é projeto de gerenciamento de crise. De acordo com ele, quando uma empresa entra com processo de recuperação judicial, a prioridade é o pagamento de funcionários, tributos e, por último, ficam os produtores.
Outros casos – Após dar férias coletivas a 150 funcionários, o grupo Mercosul demitiu 150 empregados e fechou frigorífico em Naviraí. Desde de junho de 2006 a indústria era arrendada pelo grupo. A indústria, localizada na MS-141, entre Naviraí e Ivinhema, chegou ter 350 funcionários e a abater 550 bovinos por dia.
Na quarta-feira passada, outro grupo de 450 funcionários do Diplomata (antigo Frango Vit), no Indubrasil, também tiveram demição confirmada com a suspensão dos abates de aves.