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Ministério espera que Chile retome importação este ano

<p>Kroetz afirma que Chile flexiblizou exigências para rastreabilidade do gado.</p>

Redação (25/08/2008)- O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, afirmou, na sexta-feira, esperar que o Chile volte a importar carne bovina in natura brasileira a partir de meados de novembro deste ano. Em outubro de 2005, o país impôs um embargo ao produto após casos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná. Atualmente, o país só compra carne in natura do Rio Grande do Sul. Santa Catarina também está aberta ao mercado chileno, mas não tem oferta de carne bovina. 

Após encontro com o diretor-geral de Relações Econômicas Internacionais do Chile, embaixador Carlos Furche, na sexta, no qual o tema foi tratado, Kroetz estava otimista. O secretário afirmou que em outubro, o Chile deverá enviar missão ao Brasil para inspecionar os serviços veterinários e frigoríficos de Estados que exportavam para o país, mas deixaram de fazê-lo depois da aftosa, no fim de 2005. Ele mencionou Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Goiás. 

Os quatro Estados estão entre os 10 (os outros são Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins), além do Distrito Federal, que foram reconhecidos como livre de aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio último. Desde outubro de 2005, esses Estados estavam com status sanitário suspenso. No fim de julho, o Mato Grosso do Sul também recuperou a condição de livre de aftosa com vacinação perante a OIE. 

Kroetz informou que, em julho passado, quando esteve com representantes do Serviço Agrícola e Pecuário do Chile (SAG) em Santiago, o Brasil solicitou que outros Estados fossem habilitados a exportar carne in natura ao mercado chileno. Segundo ele, o Brasil enviou os documentos pedidos pelo governo chileno, e agora o país tem até a meados de setembro para avaliar os papéis. 

Outra decisão chilena deve permitir a retomada das importações. O país flexibilizou as exigências em relação à rastreabilidade do gado bovino destinado ao abate para exportação, conforme Kroetz. Antes, o animal tinha que ser nascido e criado na zona habilitada. Agora, basta a comprovação de que esteve nos últimos 90 dias (antes do abate) na zona habilitada. 

Antes do embargo, o Chile era um mercado importante para a carne bovina brasileira e chegou a importar quase US$ 200 milhões em 2004 (104 mil toneladas). 

Sobre a lista de fazendas credenciadas a fornecer gado para abate e exportação à União Européia, que hoje tem 159 propriedades, Kroetz disse que o número deve crescer para 200 até o fim deste mês.