Sob pressão do mercado internacional e da produção recorde da safrinha, os preços do milho recuaram 10% para R$ 20 a saca de 60 quilos, no Paraná, desde o final de julho. No caso do trigo, a perspectiva de uma boa safra brasileira também pressiona as cotações. Os preços do cereal tinham chegado a R$ 42 a saca e agora estão em R$ 32 a saca. O setor produtivo já expressou sua preocupação e deve pedir ao governo apoio à comercialização, por meio de contratos de opção de venda ou Prêmio de Escoamento de Produto. O preço mínimo estabelecido pelo governo é de R$ 28 a saca no Sul.
Na visita à Abef nessa segunda-feira, o ministro foi homenageado por representantes do setor de carnes e ouviu do presidente da entidade, Francisco Turra, algumas reivindicações, entre elas a autorização para a importação de milho, quando necessário. "Não somos contra a exportação, mas também não queremos travas à importação", afirmou Turra. Stephanes respondeu ser "totalmente favorável à importação", especialmente para o Nordeste, e disse ter pedido a seus assessores urgência no tratamento do assunto.
Outra reivindicação da Abef foi a liberação de mais recursos para a defesa sanitária, além da implementação do plano de prevenção da gripe aviária no País, que, na opinião de Turra, foi deixado em segundo plano pelo Ministério.