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Potencial da Índia para importar frango é de 300 mil toneladas, diz ABEF

<p>Dados da Associação mostram que em 2007 a Rússia foi o maior destino para a carne do Brasil, com volumes embarcados de 194 mil toneladas.</p>

Redação (04/08/2008)- Na sexta-feira, o governo brasileiro anunciou que deverá exportar carne de frango in natura para a Índia. Por esse acordo, o país asiático poderá se tornar o principal destino da carne de frango do país, com um potencial de vendas de até 300 mil toneladas, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef).
"Num primeiro momento, que isso signifique exportar 300 mil de toneladas, é 10% do que exportamos para o mundo. O embaixador da Índia em São Paulo disse que há condições de ter negócios dessa ordem no primeiro ano e condições de ter uma negociação crescente", afirmou o presidente da Abef, Francisco Turra.

De acordo com comunicado do Ministério da Agricultura, a única condição imposta é a de que as aves não tenham sido alimentadas com subprodutos derivados de ruminantes e que a sua carne não tenha entrado em contato com a carne, produtos ou subprodutos de suínos ou ruminantes.
Dados da Abef mostram que em 2007 a Rússia foi o maior destino para a carne do Brasil, com volumes embarcados de 194 mil toneladas.
A decisão da Índia de comprar carne de frango do Brasil reflete a ocorrência de focos de gripe aviária naquele país, que nos últimos anos obrigou os indianos a sacrificar mais de um milhão de aves.
A Índia ocupa atualmente a 60ª posição na lista de destinos dos produtos brasileiros do agronegócio, com US$ 85,2 por milhões até junho deste ano. Os principais produtos do país embarcados para a Índia são o complexo soja.
As vendas de grãos para a Índia, contudo, poderão sofrer uma redução significativa, uma vez que os produtores locais estão reduzindo drasticamente a área plantada com cana para investirem em grãos, sobretudo soja, que está com os preços mais atraentes no mercado internacional. Segundo maior produtor mundial de açúcar, a Índia foi responsável pela queda das cotações da commodity no mercado global nos últimos meses.