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Avicultura do Paraná bate recorde nas exportações no 1 semestre do ano

<p>Nos primeiros seis meses do ano, segmento avícola paranaense comercializou com o mercado externo 418 milhões de quilos de frango, superando em 4,16% a marca histórica de 2007.</p>

Redação (22/07/2008)- O setor avícola do Paraná encerrou o primeiro semestre do ano com recorde nas exportações, tanto em volume quanto em faturamento. De acordo com levantamento do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), o desempenho em volume das vendas externas paranaenses de janeiro a junho deste ano foi 4,16% superior ao ano passado, ano em que o Paraná teve o melhor desempenho no setor. Nos primeiros seis meses de 2008, as indústrias paranaenses exportaram 418.535.234 quilos de frango, contra 401.142.902 quilos em 2007. Em faturamento, a alta é ainda mais significativa, com crescimento de 22,68% comparado aos primeiros seis meses do ano passado. No primeiro semestre deste ano, as indústrias paranaenses faturaram 696.480.320 dólares, contra 538.553.400 dólares no mesmo período do ano passado.

Como motivadores desse desempenho recorde estão principalmente a ampliação de negócios em mercados já consolidados como consumidores do frango de corte paranaense e o aumento das exportações de produtos com maior valor agregado, fazendo com que o setor cumpra as metas do ano. “Temos o objetivo de exportar produtos com maior valor agregado, trazendo maiores ganhos para a avicultura de corte paranaense, aumentando a representatividade do setor na cadeia do agronegócio do Estado e do Brasil. Outro fator que contribuiu para o maior faturamento da atividade são os bons preços na cotação do frango de corte no mercado externo”, informa o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins.

Com esse desempenho, o Paraná representa 25,49% do volume das exportações brasileiras de frango de corte, atrás apenas de Santa Catarina. No primeiro semestre do ano, o país exportou 1.641.451.903 quilos de frango, alta de 5,24% comparado ao mesmo período do ano passado, quando o país tinha exportado 1.555.388.057 quilos. Em faturamento, as indústrias paranaenses representam 23,98% do arrecadado pelo setor avícola nacional.

Para o ano, a estimativa do Sindiavipar é de crescimento de cerca de 12% no volume das vendas com o mercado externo. Para isso, o setor espera ampliar as comercializações no segundo semestre, época em que tradicionalmente o Paraná exporta mais devido principalmente a fatores climáticos no hemisfério Norte. “Os números estabelecem otimismo na avicultura. Nossa meta até o final do ano ampliar de 10% a 12% o volume de vendas externas de frango de corte do Paraná, ultrapassando o recorde histórico atingido em 2007, quando foram exportados 843.658.462 quilos de frango pelo Paraná”, revela o presidente do Sindiavipar.

Cenário interno favorável

De acordo com Domingos Martins, o principal estimulador para o crescimento da avicultura paranaense neste ano são os preços do commodities do milho e da soja. No entanto, o cenário atual é tranqüilo, não havendo temores de uma possível falta de oferta de milho no mercado interno – risco que existia no ano passado. “Os estoques nacionais de milho estão de forma mais confortável comparado ao cenário da passagem da outra safra. Agora a oferta vai depender do crescimento da avicultura e quem vai ditar esse crescimento são os preços do commodities do milho e da soja. A nossa perspectiva é de que a avicultura cresça cerca de 12% neste ano aqui no Paraná e para este cenário a expectativa é de que não haja falta de oferta no insumo. O que reivindicamos é para que algumas regiões estratégicas, como o Oeste do Paraná, por exemplo, o governo libere a importação de milho do Paraguai, que tem preços mais atraentes”, revela o presidente do Sindiavipar.

O cenário mais confortável se dá justamente pelos preços mais atraentes para o milho no mercado interno, o que não deve estimular as exportações, principalmente para os Estados Unidos, principal concorrente no ano passado, devido à compra de grão de milho para a produção de biocombustível. “Acreditamos que as exportações de milho este ano não cheguem nem na metade do volume exportado no ano passado, justamente porque os preços internos estão mais atraentes que os preços internacionais”, disse Domingos Martins.

Estimativa de novos recordes

O desempenho crescente no primeiro cenário aliado ao bom momento registrado no mercado interno confirma a previsão otimista do Sindiavipar de que 2008 será o melhor ano da história para a avicultura de corte paranaense, superando a marca histórica de 2007. “Os resultados altamente positivos acumulados nos primeiros seis meses do ano indicam que o segmento está acompanhando a previsão de crescimento linear, mantendo os bons números de comercialização durante todos os meses do ano”, afirmou Domingos Martins.

Na produção de frango, o Paraná também vem acumulado crescimento em 2008. No primeiro semestre foram abatidas 603.884.879 cabeças, crescimento de 9,98% comparado ao mesmo período do ano passado, quando o abate atingiu a marca de 543.614.532 cabeças. Para o presidente do Sindiavipar, um dos motivos para o crescimento na produção paranaense está nos investimentos promovidos por várias indústrias e cooperativas avícolas, que visam ampliar a exportação de seus produtos. “A expectativa é manter a produtividade no Paraná em constante crescimento durante todo o ano, resultado principalmente dos investimentos das indústrias avícolas do estado, que buscam novos mercados no cenário internacional e o fortalecimento de suas posições no mercado interno”, explica Domingos Martins.

Segundo ele, a produção em alta tem foco principalmente no mercado internacional, com o Paraná ampliando a comercialização em mercados já consolidados como Arábia Saudita, Hong Kong, Japão, Venezuela e Emirados Árabes. No primeiro semestre deste ano, a ampliação das relações comerciais com a Venezuela foi um dos destaques da avicultura paranaense. O país sul-americano é atualmente o terceiro principal destino do frango paranaense, com 77.434.648 quilos de frango exportados. Arábia Saudita e Hong Kong ocupam as duas primeiras colocações no ranking das exportações paranaenses.