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Mais uma agroindustria em Santa Catarina

<p>A Aurora assina protocolo para construir indústria avícola em Canoinhas (SC).</p>

Redação (05/12/2007)- Mais de 1.500 pessoas participarão de ato público programado para às 11 horas desta quinta-feira, no salão comunitário da Igreja Matriz de Canoinhas, SC, destinado à assinatura de protocolo entre o Estado, o Município e a Coopercentral Aurora para construção da futura indústria de processamento de aves do Planalto Norte catarinense.
O documento será assinado pelo governador Luiz Henrique da Silveira, pelo prefeito Leoberto Weinert e pelo presidente da Coopercentral, Mário Lanznaster, estabelecendo os incentivos fiscais e materiais que as duas esferas da administração pública concederão ao empreendimento.
Ao ato participará também o diretor administrativo e financeiro da Aurora, Neivor Canton, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc).

Na solenidade, a Prefeitura de Canoinhas fará a entrega da escritura de doação do imóvel com 93,3 hectares localizado junto à rodovia SCT-280, km 243, na localidade de Barreiros, onde será construído o abatedouro e a fábrica de rações. Também será doado outro imóvel, com 45 hectares, para instalação do incubatório, distante dez quilômetros do abatedouro. De posse das escrituras, a Aurora requererá, de imediato, as licenças ambientais para iniciar a terraplenagem e, em seguida, as edificações.
O protocolo que será assinado nesta quinta-feira formalizará a concessão dos benefícios e incentivos por parte do Poder Público para a instalação da indústria de Canoinhas. A assinatura desse acordo é essencial para deflagrar o investimento, explicou o diretor administrativo Neivor Canton. Lembra que a decisão por Canoinhas levou em consideração a existência de base produtiva de grãos e de aves, a oferta de água, a proximidade com portos e centros de consumo, a disponibilidade de mão-de-obra e, principalmente, os incentivos fiscais (isenções e imunidades) e incentivos materiais (terreno, terraplenagem, acesso, asfaltamento, rede de energia etc.) do Poder Público.
Simultaneamente à construção do complexo avícola, as duas cooperativas que atuam na região – Cooperalfa e Coperio – organizarão a produção à campo, orientando, treinando e capacitando os produtores que se habilitarão com criatórios de aves para fornecer frango de corte para a Coopercentral Aurora. A unidade receberá matéria-prima fornecida por cerca de 1.000 aviários localizados em raio de 60 quilômetros.

O complexo
A indústria de processamento de aves exigirá cerca de R$ 427 milhões de reais em investimentos diretos, na forma de recursos próprios e financiados pelo BNDES: R$ 300 milhões para a obra física e R$ 127 milhões em capital de giro. O complexo avícola incluirá a indústria, o incubatório, as granjas-matrizes e a fábrica de rações. O consumo médio de energia elétrica está estimado em 6.560 KW por mês. Após iniciada, a execução da obra exigirá 18 meses de trabalho para a conclusão.
A futura indústria abaterá 300.000 aves por dia e gerará 4.994 empregos diretos, sendo 3.360 postos de trabalho no frigorífico e 1.634 empregos nas demais atividades (transporte, matrizeiros, aviários e terceirizados).
A Coopercentral Aurora não revelou a projeção de faturamento, mas antecipou que cada unidade gerará movimento econômico da ordem de R$ 1 bilhão de reais por ano. Convênio proposto pela Aurora – com anuência da Secretaria da Fazenda de SC – permitirá que esse movimento seja apurado e distribuído entre os municípios da futura base produtiva, de modo a impactar positivamente os índices de retorno de ICMS de toda a microrregião e não apenas do município-sede da indústria.