Redação (19/06/07) – Lamy pediu à China que participe de forma mais ativa nas negociações e coopere mais estreitamente com os Estados Unidos e a União Européia, segundo informou hoje a agência estatal de notícias ”Xinhua”.
A rodada, lembrou, está bloqueada em temas como os subsídios agrícolas e a redução de tarifas no setor. Em seu encontro com Jin, Lamy também ressaltou sua preocupação com as dificuldades de acesso que a China impõe a certos produtos não agrícolas. O ministro chinês pediu por menor pressão da OMC, já que a China, com a maior população rural do mundo (900 milhões de camponeses), tem mostrado ”flexibilidade”, reduzindo tarifas em produtos do setor primário.
Ele ministro mencionou o caso de produtos agrícolas, em que a alíquota baixou de 54% em 2001 para 15,3% hoje. Jin destacou o compromisso da China com a OMC desde sua entrada na organização, em dezembro de 2001, abrindo paulatinamente seus mercados em diversos setores. E acrescentou que os países em desenvolvimento devem liderar as conversas de Doha, por isso continuará seus contatos para buscar apoios.
Lamy chegou à China no dia 17 para uma visita oficial de quatro dias. Ele se reunirá com representantes de comércio, finanças, agricultura, propriedade intelectual e bancos. O diretor da OMC afirmou, antes da viagem, que sua intenção era avisar aos líderes chineses que os países em desenvolvimento devem desobstruir as conversas.
Segundo Lamy, é ”possível” fechar um pacto global entre o fim deste ano e o início de 2008. Ele previu um acordo provisório sobre agricultura, o assunto mais complicado da rodada, no fim de julho. A Rodada de Doha começou a ser negociada na OMC em 2001.