Redação (15/05/07) – No período, a empresa consolidou o processo de recuperação de seus resultados operacionais. A demanda por carne de frango retornou aos patamares históricos – anteriores aos focos de gripe aviária ocorridas na Ásia e Europa no inicio de 2006 -, permitindo uma evolução significativa das exportações, em comparação com o mesmo período do ano anterior – um crescimento de 37,3% em dólares.
O segmento de lácteos também apresentou um aumento de 7,2% no faturamento do mercado interno no primeiro trimestre de 2007. O leite em pó, os queijos e outros lácteos apresentaram, respectivamente, crescimento de 12,0%, 13,2% e 16,9% no trimestre. As vendas de outros itens de maior valor agregado como requeijão, manteiga, aromatizados e outros, passaram a representar 15,3% das receitas de lácteos no período, em comparação com uma participação de 13,9% no ano anterior. Os destaques em produtos lácteos de maior valor agregado no trimestre, quando comparados ao mesmo período do ano anterior foram: requeijão (+60%), aromatizados (+48%), doce de leite (+34%) e molhos (+76).
No segmento de suínos, houve um aumento de 2,9% em volumes e de 4,4% em faturamento. Os números se devem ao fato da retomada das importações de suínos pela Rússia, após o fechamento dos portos decorrente do inverno europeu. Até o mês de março, houve um aumento nos estoques, que deverá se normalizar durante o 2º trimestre de 2007.
Para suprir as necessidades de venda e produção de lácteos, a captação de leite foi de 241,7 MM de litros no primeiro trimestre de 2007 – crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia detém a maior bacia leiteira em número de produtores e a terceira maior em volume de leite do País.
As margens operacionais apresentaram uma evolução significativa no primeiro trimestre de 2007. A margem bruta consolidada atingiu 21,5% no 1T07, em comparação com uma margem bruta de 9,0% no 1T06. O EBITDA ajustado alcançou R$ 32,9 MM (margem EBITDA ajustada de 7,3%) no 1T07 comparado com um EBITDA negativo ajustado de R$ 18,2 MM (margem EBITDA negativa ajustada de 4,4%) em 2006. Os números são um reflexo do aumento dos volumes de vendas e dos melhores preços. A valorização do real prejudicou a rentabilidade das exportações e elevou os custos de grãos – principalmente o milho -, com a demanda crescente do produto para a produção de etanol.
A Avipal apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 9,4 MM no primeiro trimestre de 2007, em comparação com um prejuízo líquido ajustado de R$ 17,3 MM no primeiro trimestre de 2006, o que demonstrou a capacidade de recuperação da lucratividade da companhia. A dívida líquida encerrou o 1T07 em R$ 417,2 MM, apresentando um aumento de R$ 68,8 MM em relação ao fechamento de 2006, e uma redução de R$ 8,8 MM em comparação com os R$ 426,0 MM do 1T06. O aumento da dívida líquida no período é decorrente da sazonalidade dos negócios de lácteos – o que provoca uma elevação estratégica de estoques de produtos lácteos e uma elevação atípica dos estoques de suínos.
Em 27 de abril de 2007, a companhia anunciou novas medidas de governança corporativa. Apresentou um novo Conselho de Administração e a adaptação do Estatuto Social às regras do “Novo Mercado”. O novo Conselho passou a ser composto pelo seu presidente, Shan Ban Chun, e Natali Shi Wai Shan, além de membros independentes como Antônio Kandir, José Júlio Cardoso Lucena, Guilherme Afonso Ferreira, Antônio Britto e Roberto Rodrigues. Guilherme Afonso Ferreira foi eleito como representante de nossos acionistas minoritários – o que demonstra o comprometimento da empresa com os mais elevados padrões de governança corporativa. A adaptação do Estatuto permitirá ao grupo ingressar no “Novo Mercado”
Os investimentos no imobilizado no primeiro trimestre de 2007 atingiram o montante de R$ 22,9 milhões, sendo R$ 19,1 milhões nas atividades de frangos, suínos e industrializados, R$ 1,6 milhões em lácteos e R$ 2,2 milhões no corporativo. No segmento de carnes, destinaram-se principalmente para a aquisição de matrizes e na ampliação da capacidade de produção de industrializados. Em lácteos, a empresa concluiu os investimentos na expansão da produção de leite em pó na unidade de Ijuí/RS, e para o corporativo, as receitas foram voltadas para a implementação do novo sistema de gestão empresarial – ERP – que integrará as unidades industriais e administrativas.
A Avipal continuará investindo e analisando oportunidades de crescimento. Os objetivos são aumentar a rentabilidade das operações nos segmentos de carnes e lácteos, com uma preocupação constante em responsabilidade social e governança corporativa.
RESULTADOS 1T07
R$ Milhões |
1T07 |
1T06 |
Var. % |
Receita Bruta |
521,4 |
493,0 |
5,8% |
Receita Líquida |
453,6 |
413,9 |
9,6% |
Lucro Bruto |
97,3 |
37,2 |
161,8% |
EBIT |
4,9 |
(69,5) |
– |
EBITDA |
29,7 |
(41,7) |
– |
EBITDA Ajustado |
32,9 |
(18,2) |
– |
Lucro Líquido |
0,6 |
(46,6) |
– |
Lucro Líquido Ajustado |
9,4 |
(17,3) |
– |
Sobre o Grupo Avipal
O Grupo Avipal é uma empresa brasileira de capital nacional, com sede no Rio Grande do Sul. É uma das maiores indústrias de alimento do Brasil e, em 2006, faturou R$ 2,162 bilhões. Conta hoje com 9,0 mil colaboradores diretos e 70 mil indiretos. Com um portfólio diversificado de produtos, atua nos segmentos de lácteos, frangos, suínos, industrializados e grãos, por meio das marcas Elegê, Santa Rosa, Dobon, Avipal, El Vaquero e Granóleo. A empresa possui aproximadamente 20 mil produtores de leite e 2,5 mil produtores integrados de frango e suínos.