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Exportador brasileiro de frango não quer ação contra a UE

<p>Segundo a Abef, muita conversa ainda será necessária para um acordo.</p>

Redação (13/09/06)- Os representantes dos produtores de frango negam que podem levar a União Européia (UE) aos tribunais da Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa das barreiras às exportações. Ontem (12-09), em Brasília, o secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior, Mario Mugnaini, afirmou que o Brasil poderia voltar à entidade contra a Europa em uma disputa legal. Ontem, em Genebra, a Associação Brasileira de Exportadores de Frango (Abef) manteve mais uma reunião com os europeus para negociar o estabelecimento de cotas para o País e negou que pense em uma nova disputa por enquanto.

“Não faz sentido uma disputa quando estamos no meio de negociações”, afirmou Ricardo Gonçalves, presidente da Abef. Segundo ele, os europeus estão caminhando na direção de oferecer as cotas pedidas pelo Brasil. “Os europeus indicaram certas aproximações em seus números e queremos negociar”, disse Gonçalves. Para ele, porém, muita conversa ainda será necessária para um acordo. Em outubro, brasileiros e europeus devem retornar à Genebra para manter o diálogo.

A queixa do Brasil se refere às mudanças de classificação do frango feita pelos europeus. A modificação acabou elevando as tarifas para os produtos nacionais no mercado da UE. Produtos como frango salgado, peru e frango cozido tiveram suas tarifas elevadas de 15,4%, 8,5% e 10,9%, respectivamente, para mais de 70%. “O que queremos agora é uma cota que compense a alteração de tarifas”, explicou um representante do setor.

O Brasil chegou a vencer uma disputa na própria OMC contra Bruxelas, mas agora os europeus terão de estabelecer as compensações para que o País não saia prejudicado. Se Brasil for à OMC, porém, não será para uma nova disputa, e sim para pedir a autorização para impor retaliações, já que venceu a disputa legal nos tribunais da entidade. Segundo assessores da Abef, ainda não foi feito o cálculo de quanto seria a sanção e nem sobre quais produtos europeus seria aplicado.