Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Sadia retira oferta para compra da Perdigão

<p>A indústria de alimentos Sadia cancelou a oferta para compra da Perdigão.</p>

Redação (21/07/06) – Em comunicado divulgado na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nesta tarde, a Sadia diz que decidiu “revogar definitivamente a oferta” em razão das “reiteradas recusas manifestadas por acionistas do grupo de controle da Perdigão”.

A Sadia anunciou no último domingo (16) o interesse na aquisição da Perdigão, por meio de uma oferta pública voluntária de compra de ações.

A empresa ofereceu inicialmente R$ 27,88 por ação da concorrente. A Previ, em nome de Sistel, Fapes, Real Grandeza, Previ-Banerj, Petros, Valia e Weg Participações, acionistas que juntos possuem 55,38% do capital da Perdigão, rejeitou a oferta.

Os motivos da recusa, segundo os acionistas controladores da Perdigão, foram o baixo valor oferecido por ação e o fato de a proposta não estar completamente enquadrada ao estatuto da companhia.

De acordo com a Perdigão, o seu estatuto prevê que quem tem 20% das ações da empresa ou mais é obrigado a fazer uma oferta aos acionistas que representam os demais 80%. A oferta pública feita pela Sadia baseou-se nesse artigo, mas a Sadia não tem nenhuma ação da Perdigão.

Ontem, a Sadia elevou a oferta em 4%, para R$ 29 por ação. Mas a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), que tem 15,67% do capital da Perdigão, recusou a nova proposta.

Por conta da oferta da Sadia, as ações ordinárias da Perdigão dispararam 17,86% somente na segunda-feira (17) e fecharam a R$ 27,11. Ontem, o papel fechou a R$ 28,55, acumulando alta de 24% em quatro dias. Hoje, até este horário, bateu nos R$ 29,55, mas passou a cair com o cancelamento da oferta da Sadia. Às 15h13, despencava 7,88%, para R$ 26,30.

A Sadia, quando anunciou a oferta, informou que seu objetivo era “criar uma parceria histórica entre as duas tradicionais companhias brasileiras, para competir em igualdade de condições com concorrentes internacionais em setor considerado estratégico para o país”.

Além disso, a união, de acordo com a empresa, iria assegurar capacidade de crescimento acelerado com solidez financeira, possibilitando maior geração de emprego e de riqueza para o país.

A fusão, se concluída, seria a maior do setor corporativo brasileiro desde que a então Brahma comprou a concorrente Antarctica para criar a AmBev, em julho de 1999.