O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve suas estimativas em relação à produção global de carne de frango em 2023. Em relatório trimestral sobre proteínas, o órgão reiterou a previsão feita em outubro, com o volume estimado em 102,9 milhões de toneladas.
“As revisões maiores para a produção no Reino Unido, Tailândia e México compensaram a queda para o Brasil”, disse.
Segundo o USDA, a produção do Reino Unido continua em expansão com forte demanda, apesar de problemas trabalhistas, custos elevados de insumos e recentes surtos de gripe aviária altamente patogênica (HPAI).
“A produção na Tailândia será estimulada pelo recuo nos custos de insumos, especialmente ração animal, assim como investimentos em genética”, apontou.
Para o Brasil, o USDA prevê que a demanda externa deverá ficar mais fraca no ano, principalmente devido à demanda chinesa.
Em relação às exportações globais de carne de frango, o USDA estimou que, neste ano, haverá queda de 1% ante o pervisto no relatório anterior, para 14 milhões de toneladas.
“A demanda mais fraca da China, União Europeia, África do Sul e Reino Unido afetará principalmente o Brasil, o principal exportador mundial”, afirmou.
Para o Brasil, o órgão reduziu as projeções sobre os embarques neste ano ante outubro. Apesar da redução, o USDA prevê que os volumes ainda deverão alcançar “um nível histórico” em razão dos preços competitivos, a ausência de HPAI e ofertas de produtos, que permitirão que a redução dos embarques do Brasil para a China seja “amplamente compensado” por outros mercados.