Redação AI (26/05/06)- A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef) acredita que poderá fechar o mês de maio com embarque semelhante ao que foi conseguido em abril, quando foram enviados 211.525 toneladas ao exterior (9,2% a menos que em 2005). “Não é uma cifra ruim, mas tampouco é a que estava acostumado a trabalhar”, disse, em Curitiba, o presidente da entidade, Ricardo Gonçalves. O setor ainda vive os reflexos da gripe aviária. “Não há diminuição no volume, mas o nível está mais baixo do que deveria.”
Ele espera que a retomada de crescimento possa ser conseguida a partir do segundo semestre. “Se não houver nenhuma notícia impactante do exterior”, ponderou. Gonçalves não quis precisar qual o índice de crescimento, mas citou que pode ficar entre 3% e 5%. A receita cambial conseguida no mês passado foi de US$ 229,1 milhões, o que significa uma redução de 12% em relação ao mesmo mês de 2005. No acumulado do quadrimestre somaram 849.643 toneladas (redução de 2,12% em relação a 2005), com receita cambial de US$ 1 bilhão, o que representa aumento de 7,9% em relação ao ano passado.
Para a Abef, a manutenção de elevados estoques nos principais mercados compradores exige que a avicultura brasileira continue o processo de redução de alojamento. Segundo Gonçalves, em janeiro o estoque era de 420 milhões de aves, caindo agora para 330 milhões e com previsão de redução de mais 10 milhões para junho. “A esses níveis, os estoques regularizaram-se e os preços internos estabilizaram-se”, disse. Em relação ao preço de exportação, ele espera que suba dos US$ 1.083 por tonelada verificado em abril para US$ 1.200. Em janeiro estava em US$ 1.458 a tonelada.