EUA, alguns países da Ásia e também a União Europeia tem sofrido com a escassez de ovos devido a grande proliferação de surtos de Influenza Aviária e também devido aos aumentos dos custos de Produção.
De acordo com o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua, explica que o Brasil é livre de Influenza Aviária e deve manter esse status, o que deve fazer com o que o país seja alternativa dos países afetados para suprir essa falta da proteína. “Isso naturalmente pode fazer com que o Brasil seja mais chamado a exportar um pouco mais de volume”.
Em 2022, o Brasil exportou 9,474 mil toneladas de ovos, aumento de 16,5% em comparação com 2021, segundo dados da Associação, com base nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). A receita dos exportadores somou US$ 22,419 milhões, valor 24,2% superior na mesma comparação.
Nas projeções para 2023, divulgadas pela ABPA ainda em dezembro de 2022, as exportações de ovos devem aumentar até 10%, chegando a 11 mil toneladas. Mesmo em um cenário de redução de até 2% na produção nacional, que pode ficar em pouco mais de 51 bilhões de unidades.
Impactos no mercado doméstico
O diretor da ABPA enfatiza que o Brasil exporta apenas 0,05% do total produzido, ficando 99,5% para atender o mercado interno, não oferecendo risco de falta de ovos aqui no Brasil. “O que pode acontecer é naturalmente um ajuste de preços para que os produtores possam continuar produzindo e ofertando essa proteína de qualidade que ainda é bastante acessível” explicou.
Segundo Rua o que pode impactar os preços dos ovos no mercado brasileiro são os custos de produção. Ele explica que que milho e farelo de soja chegam a representar 80% dos custos e estes insumos tiveram altas superior a 150% nos últimos anos.