Redação (11/04/06)- Resultado da parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Sistema de Gestão Territorial de Proteção Sanitária em Áreas de Fronteira despertou interesse dos participantes da IX Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), que acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, até amanhã (10/04).
São imagens de satélite que compõem a cartografia brasileira em tecnologia digital e que ajudam a monitorar os movimentos transfronteiriços da pecuária brasileira e de seus vizinhos. Até agora, toda a extensão da fronteira com o Paraguai e Bolívia já estão sob os olhos atentos de NOAA, CBERS, EROS, SPOT, LANSAT e IKONOS famílias de satélites que fazem as imagens com uma visibilidade de até dez metros, abrangendo o perímetro total dos limites dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre.
Segundo Carlos Magno Campos da Rocha, assessor da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, o mapeamento das regiões fronteiriças são fundamentais para a sanidade pecuária do país. A tendência do país é se equipar e se profissionalizar para continuar sendo líder na produção. Se o Brasil quer continuar sendo o líder na produção de carne no mundo, nós temos que nos informatizar. Isso é fundamental.
As aplicações do sensoriamento remoto e do geoprocessamento agrupam uma série de usos dentro da agricultura e meio ambiente. O chefe geral do Centro Nacional de Pesquisa de Monitoramento por Satélite da Embrapa, Evaristo Eduardo de Miranda explicou que entre os usos do instrumento estão o zoneamento agroecológico e ecológico-econômico, a caracterização da agricultura, avaliação do impacto ambiental, monitoramento de queimadas, estruturação de sistemas da informação, cartografia ambiental, modelagem de processos ambientais, apoio à gestão de recursos hidrográficos estão entre os usos do material recolhido pelos sistemas.
Segundo Mirnada, até junho deste ano o monitoramento estará estendido às fronteiras do país com a Argentina e o Uruguai. Queremos no futuro próximo racionalizar estes meios para todas as secretarias de defesas agropecuárias dos estados para que elas tenham uma cartografia atualizada dos riscos sanitários.