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USDA reduz safra brasileira de soja em 1,5 milhão de toneladas

<p>Produção mundial também caiu.</p>

Redação (11/04/06)- O relatório de oferta e demanda mundial de abril, divulgado na manhã desta segunda-feira (10-04) pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), trouxe poucas novidades para a soja. A maior delas foi a redução da safra 2005/06. O USDA cortou a estimativa de produção no Brasil de 58,5 milhões para 57 milhões de toneladas, volume que ficou até um pouco abaixo das expectativas do mercado, que apostava em 57,5 milhões de toneladas.

Mesmo com a redução, a estimativa do USDA continua no patamar mais alto das projeções que vêm circulando pelo mercado. A da AgRural, por exemplo, está em 54,7 milhões de toneladas. As exportações brasileiras também foram reduzidas pelo USDA. A projeção caiu de 26,07 milhões para 25,53 milhões de toneladas.

Já no quadro de oferta e demanda norte-americano, nem mesmo o esperado aumento nos estoques finais da safra 2005/06 nos EUA acabou acontecendo. Ou seja, o volume continua nos mesmos 15,37 milhões de toneladas. A expectativa média do mercado era de um volume próximo de 15,62 milhões de toneladas. Como o USDA também não mexeu nos números de produção e de consumo, a relação estoques/consumo seguiu em 20,3%. A única alteração relevante no quadro norte-americano foi a redução no consumo doméstico de farelo de soja, que caiu de 30,75 milhões para 30,61 milhões de toneladas.

Para a Argentina, o órgão norte-americano continua apostando em uma safra de 40,5 milhões de toneladas. Na China não houve alterações em relação a março. A produção seguiu em 18,3 milhões de toneladas e as exportações permaneceram em 27 milhões de toneladas. Com a redução de mais de 1 milhão de toneladas no Brasil, o quadro de oferta e demanda mundial também foi alterado.

A produção total no mundo caiu de 224,12 milhões de toneladas em março para 222,26 milhões neste relatório de abril. Como o consumo mundial ficou praticamente o mesmo – 213,87 milhões de toneladas em março contra 213,75 milhões em abril -, os estoques finais mundiais caíram de 54,42 milhões no mês passado para 53,75 milhões de toneladas. As informações são da AgRural.