Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

ACAB busca maior respaldo político e organização do setor

<p>A Associação dos Criadores de Avestruzes do Brasil (ACAB) participa cada vez mais do ambiente político-setorial, visando auxiliar ainda mais a organização e o crescimento sustentável da estrutiocultura.</p>

Redação AI (14/03/06)- A ACAB, entidade que representa 85% do plantel nacional de avestruz, porta-voz da estrutiocultura do país, empenha-se na difusão da criação no país, na defesa dos interesses dos criadores para tornar o Brasil, em pouco tempo, um dos mais importantes pólos de criação de avestruzes no mundo. Por conta destes objetivos, a entidade buscou se envolver e se integrar á importantes eventos políticos que, de acordo com o presidente da ACAB, definitivamente representa o reconhecimento da nossa cadeia produtiva pelos órgãos políticos oficiais e demais agentes privados das demais cadeias. É a inserção da estrutiocultura como cadeia produtiva, ou seja, a estrutiocultura industrial, no contexto estadual paulista e nacional. Desta forma, teremos fóruns próprios para discutir nossos problemas, nossas demandas, soluções e alternativas para a nossa pecuária, conclui Adair Ribeiro Júnior.

O setor da estrutiocultura, a partir deste primeiro trimestre, conta com a Câmara Setorial de Ratitas, específica para aves corredoras, como o avestruz; com participação efetiva na Câmara Setorial de Milho, Sorgo, Aves e Suínos e, no Fórum de Competitividade das Carnes. A seguir seguem com mais detalhes sobre os avanços do setor através dos programas políticos-setoriais que a ACAB integra desde fevereiro. São elas:

Câmara Setorial de Ratitas

O Secretário da Agricultura e Abastecimento, Duarte Nogueira, assinando oficialmente a Câmara Setorial de Ratitas.

A estrutiocultura do Estado de São Paulo, a partir deste mês, conta com o respaldo de uma Câmara Setorial, especialmente criada para as ratitas (aves corredoras como os avestruzes, emas e emus). A instalação desta Câmara foi assinada oficialmente pelo Secretário de Agricultura e Abastecimento, Duarte Nogueira, no último dia 07 de março.

Os objetivos da Câmara são: definir parâmetros e medidas para o desenvolvimento e o fortalecimento do setor de ratitas no Estado de São Paulo, unir produtores, cooperativas, técnicos e empresários, mediar e orientar as discussões para aumentar a eficiência, atender os consumidores com produtos de melhor qualidade, promover a competitividade e garantir a distribuição dos lucros de forma igualitária a cada um dos elos da cadeia.

A Câmara Setorial de Ratitas é a 26 criada em São Paulo/SP. Solicitada em agosto de 2005 pela ACAB, ela é coordenada pela Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (CODEAGRO), pertencente à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Câmara Setorial de Milho, Sorgo, Aves e Suínos

Desde 2 de fevereiro, a Câmara Setorial de Milho, Sorgo, Aves e Suínos, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, conta com participação da ACAB.

De acordo com a vice-presidente da ACAB, Mary Zago, a integração da ACAB nesta Câmara representa a porta de entrada e acesso ao MAPA, principalmente nas questões comerciais, atendendo todas as demandas de nosso setor, enfatiza a representante da entidade na Câmara.

Criada em maio de 2003, esta Câmara tem como objetivos: promover o diagnóstico sobre os múltiplos aspectos envolvendo a atividade da referida cadeia produtiva, seja no curto, médio ou longo prazos; propor e encaminhar soluções ao MAPA que visem ao aprimoramento da Cadeia, considerando a expansão dos mercados interno e externo, bem como a geração de empregos, renda e bem estar social e, acompanhar junto aos órgãos competentes a implementação das propostas e sugestões emanadas da Câmara, assim como os impactos decorrentes das medidas tomadas.

Fórum de Competitividade de Carnes
Também em 02 de fevereiro, a ACAB foi representada na reunião do Fórum de Competitividade da Indústria de Carnes, na sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, em Brasília/DF.

A ACAB tem acompanhado o processo de desenvolvimento deste Fórum desde outubro de 2005, quando o Fórum foi lançado e, participou deste segundo encontro visando representar o setor através do produto carne.

Os Fóruns são considerados ferramentas estratégicas no contexto da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do Brasil. O objetivo é elevar a competitividade industrial das principais cadeias produtivas do País no mercado mundial, com ações relativas à geração de emprego, ocupação e renda, ao desenvolvimento e à desconcentração regional da produção, ao aumento das exportações, à substituição competitiva das importações e à capacitação tecnológica das empresas.

Gerenciados pela Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP) e pelo Departamento das Indústrias Intensivas em Mão-de-obra e Recursos Naturais (DEORN), os Fóruns são programas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A estrutiocultura no Brasil
A pecuária do avestruz é desenvolvida comercial e industrialmente no Brasil há 11 anos e, por isso, é considerada recente. A atividade congrega, atualmente, 14 associações regionais, 21 cooperativas, mais de 3.000 criadores e plantel estimado em 500.000 aves, sendo que o Brasil já detém posição de destaque dentro da estrutiocultura mundial, reunindo o segundo maior plantel de aves, atrás somente do país de origem, a África do Sul, com 600 mil.

Além disso, o Estado de São Paulo, pioneiro na criação de avestruzes, possui um terço do rebanho nacional e já conta com três frigoríficos com Serviço de Inspeção Federal, sendo um deles específico para o abate de avestruzes e já com habilitação do MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para exportação. Existem vários Estados com frigoríficos com Serviço de Inspeção Estadual já abatendo avestruz e vários projetos de adaptação e/ou construção de frigoríficos com SIF para o abate de avestruzes, como em Minas Gerais e Ceará.