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Mercado de avestruz movimenta R$ 75 mi em 12 meses

<p>Em 1996, quando o negócio começou no Ceará, existiam apenas 50 casais da ave. Atualmente, esse número supera os 10 mil animais.</p>

Redação AI 16/06/2005 – No Brasil, o plantel de avestruzes já chega a 210 mil. Desse total, o Nordeste detém 33% e o Sudeste 50%, ficando o restante nas demais regiões.

Observa-se uma migração de empresários do setor para o Ceará atraídos por uma redução de 40% nos custos de investimentos, incluindo incentivos fiscais, aquisição de terra e despesas com instalações; apoio financeiro dos bancos do Nordeste (BNB) e do Brasil (BB); além da adaptação da ave no Semi-Árido; fácil manejo; rentabilidade e produtividade excelentes. Tudo isso pode ser apontado como fatores do rápido crescimento do segmento no Estado. “Hoje, o primeiro produto da pauta de exportação cearense é o couro/calçados e a avestruz poderá contribuir decisivamente para o incremento desse setor”, avalia Vieira Filho.

Segundo ele, o animal se deu tão bem em solo cearense que os resultados são avaliados como “extraordinários”: a produção é de 30 filhotes por safra, enquanto a média brasileira é de 17. A expectativa é de que até 2007, o plantel chegue a 30 mil animais. Vieira Filho esclarece que não há segredos para entrar no negócio. É preciso um investimento inicial de R$ 24 mil para a aquisição de 10 aves, implantação da infra-estrutura e compra de ração.

Na cadeia produtiva da avestruz, em relação à rentabilidade, 80% vem do couro, 15% da carne e 5% das plumas. “O avestruz de 100 kg, por exemplo, só produz 30 kg de carne”. No entanto, Vieira Filho destaca que tão saboroso quanto um bom filet-mignon, a carne de avestruz não deixa nada a desejar aos tradicionais bifes de boi. “A carne da ave é recomendada pelas sociedades Brasileira e Americana de Cardiologia pois, além de possuir baixos índices de gordura, colesterol e calorias, é rica em ômega 3 e ômega 6, que são muito benéficos para o coração”.

Nos Estados Unidos, a carne é comercializada, em média, a U 22 o quilo, e no Brasil, entre R$ 70 e R$ 85, o quilo. “Com a preocupação cada vez maior por uma alimentação saudável, aliada à altíssima qualidade de sua carne, a avestruz se posiciona como um ótimo produto no mercado mundial”, analisa. O crescimento geométrico da estrutiocultura no Ceará também se deve a entrada de duas grandes empresas, a Aravestruz Nordeste, em Sobral, e Avestruz Master, em São Gonçalo do Amarante.