Da Redação 25/05/2005 – A Conab fará no próximo dia 2 de junho leilão de milho dos estoques oficiais, com pagamento de subsídio (VEP – Valor de Escoamento da Produção) para integrações de aves e suínos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O objetivo é atender consumidores de milho desses dois Estados, onde a seca provocou quebra da safra, segundo Sílvio Farnese, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.
“Nesses Estados, a indústria precisará importar milho por causa da seca”, justificou Farnese. Só o Rio Grande do Sul, acrescentou, vai necessitar de 3 milhões de toneladas de fora, já que produziu apenas 1,5 milhão de toneladas
O milho a ser leiloado está depositado em armazéns do Mato Grosso do Sul e do Paraná. De acordo com Farnese, a oferta do MS será de 40 mil toneladas e a do Paraná, de 17,5 mil toneladas.
Os preços de abertura ainda não estão definidos, mas o produto deve chegar às regiões consumidoras com um custo semelhante ao da paridade de importação, entre R$ 18 e R$ 20 por saca de milho, informou Farnese.
Nesse formato de leilão, que a Conab já faz para o Norte e Nordeste do país, o governo paga aos os consumidores que comprovarem a compra do milho no leilão uma compensação do frete.
De acordo com Farnese, o governo vai avaliar a receptividade no leilão para definir as próximas ofertas. Ele observou que atualmente os estoques do governo têm 1,8 milhão de toneladas de milho distribuídas por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Mas nem tudo será direcionado a Santa Catarina e Rio Grande do Sul porque o governo tem de atender também o Norte e Nordeste.
O ministério não acredita que os leilões possam pressionar as cotações do milho no mercado. “Estamos colocando milho num lugar que não tem milho”, ponderou Farnese, afirmando que os preços não devem ser afetados.