De acordo com o relatório “Livestock & Poutry” divulgado nesta semana pelo Departamento da agricultura dos EUA (USDA), A produção global de carne de frango está prevista para 1% a mais em 2023, para 103,4 milhões de toneladas, principalmente com ganhos do Brasil e dos Estados Unidos, mas também da Tailândia, México e Turquia.
Embora os preços dos alimentos permaneçam elevados, os preços mais baixos esperados para o milho e a soja em 2023 impulsionarão a produção na maioria dos países. A produção brasileira está prevista para 3% a mais, para um recorde de 14,9 milhões de toneladas, devido à firme demanda estrangeira associada a custos de produção mais baixos.
Já os ganhos de produção na Tailândia e no México são impulsionados pela forte demanda doméstica, enquanto a Turquia continua se beneficiando da robusta demanda regional. A produção da China está prevista inalterada em 14,3 milhões de toneladas, já que os ganhos em frangos de corte de penas brancas compensam um declínio comparável na produção de frangos de corte de penas amarelas.
Exportações
Segundo o USDA as exportações globais estão previstas 1% a mais em 2023, para 13,7 milhões de toneladas, já que os ganhos de vários fornecedores compensam as quedas de outros.
Prevê-se que o maior exportador mundial, o Brasil, tenha o maior aumento (7%) para um recorde de 4,8 milhões de toneladas, uma vez que permanece livre da gripe aviária altamente patogênica (IAAP) e atende uma ampla gama de produtos para uma variedade de mercados.
O relatório também aponta ganhos menores estão previstos para Ucrânia, Turquia e Tailândia. Espera-se que a Ucrânia continue a aumentar os embarques para a UE, beneficiando-se das medidas temporárias de livre comércio da UE. Os embarques da Turquia continuam a expansão regional, principalmente para o Iraque.
Já as exportações da UE devem diminuir devido às restrições do IAAP e reduzam a competitividade dos preços em relação a outros fornecedores mundiais. Prevê-se que as exportações da Argentina e do Chile diminuam devido a restrições relacionadas ao HPAI por parte dos principais parceiros comerciais.
Para os EUA o USDA prevê exportações ligeiramente superiores em 3,3 milhões de toneladas. Como os embarques dos EUA são em grande parte destinados a mercados de renda média e baixa, os preços relativamente mais altos dos EUA reduzem a competitividade, abrindo caminho para o Brasil e outros fornecedores aumentarem os embarques. O impacto das restrições relacionadas ao IAAP impostas aos Estados Unidos pelos parceiros comerciais foi diminuído de forma geral, pois são limitadas em escopo geográfico em uma zona, condado ou nível estadual, em vez de nacional.