Da Redação 26/01/2005 – A Coopercentral Aurora, com sede no oeste catarinense, registrou a marca Aurora Products na Europa e fechou com a empresa Midsummer Belgium, baseada em Bruxelas, acordo de vendas exclusivas de seus produtos no mercado europeu. A Midsummer foi constituída por um empresário brasileiro, cujo nome não foi revelado, com experiência na área de carnes.
Com a representação, a intenção da cooperativa é que suas vendas ao exterior alcancem até 40% do seu faturamento. Segundo balanço divulgado ontem, as as exportações da Aurora responderam por 24,13% do faturamento total em 2004. Segundo José Zeferino Pedrozo, presidente da cooperativa, a Aurora prefere atuar com marca própria no exterior para preservar sua identidade e acredita em redução de custos e melhora de vendas com um representante exclusivo no mercado europeu. Da Europa, os catarinenses pretendem elevar vendas em mercados próximos e onde já mantém bons contatos, como a Rússia.
O balanço da cooperativa mostrou, também, que suas sobras (lucros) alcançaram R$ 25,6 milhões em 2004, 135,17% mais que em 2003. As sobras totalizaram 1,5% da receita operacional. Conforme Pedrozo, a meta é que elas alcancem 2,5% da receita em 2005. O faturamento bruto atingiu R$ 1,5 bilhão no ano passado, ante R$ 1,2 bilhão em 2003, um recorde. A cooperativa destacou que as vendas no mercado interno cresceram 15% e responderam por 75,87% (R$ 1,1 bilhão) do faturamento total. No Brasil, a Aurora registrou alta nas vendas de carnes suínas e de frango – 17,62% e 13,16%, respectivamente. Mas viu cair as vendas de rações (18,42%), reprodutores (36,78%) e sucos e óleos (2,57%).
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No mercado externo, a receita da cooperativa também cresceu, 28%. Ela chegou a R$ 362,3 milhões, com destaque para as exportações de carne suína, que aumentaram 38,04%, para R$ 206,2 milhões. O faturamento com carnes de aves no exterior cresceu 22,67% e atingiu R$ 149,4 milhões.
Em áreas nas quais a Aurora entrou no ano passado, o desempenho também foi considerado bom. As vendas de derivados lácteos somaram R$ 9,6 milhões e as de pizzas, R$ 13 mil. A idéia é continuar com a diversificação de produtos em 2005, com perspectivas de entrada no segmento de massas congeladas. A cooperativa promete grandes investimentos neste ano, mas não revela volume e segmentos que deverão recebê-los.
