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China vai inspecionar frigoríficos brasileiros

<p>Setor de carnes deve ser o primeiro beneficiado pelo polêmico acordo em que o Brasil reconheceu a China como economia de mercado.</p>

Da Redação 13/01/2004 – O Uma missão do Ministério da Quarentena chinês inicia, na próxima segunda-feira, a avaliação e a inspeção dos procedimentos de abate e certificação da produção de carne bovina e de aves em frigoríficos brasileiros.

As bases do acordo, que pode render um extra de US$ 150 milhões ao Brasil neste ano, foram fechadas durante a visita do presidente chinês, Ju Hintao, ao Brasil, em novembro de 2004.

O entendimento, formalizado pelos ministros Roberto Rodrigues e Li Chiangjiang, permitirá elevar as exportações para até 60 mil toneladas de carne bovina e 40 mil de aves. Em 2004, o Brasil vendeu apenas US$ 33,8 milhões, ou 60,2 mil toneladas, em carne de aves e US$ 501 mil, ou 361 toneladas, em carne bovina.

Veterinários da Comissão Nacional Reguladora de Certificação e Credenciamento da China iniciam a habilitação dos estabelecimento para a exportação nos estados de Goiás, São Paulo e Paraná. Os técnicos também vão inspecionar as instalações do laboratório de resíduos do Ministério da Agricultura, em Campinas, e a infra-estrutura e a logística dos portos de Santos, Paranaguá e Antonina (PR).

A missão, que fica no país até o dia 27 de janeiro, inclui a visita a plantas industriais de Rio Verde (GO), Ribeirão Preto, Lins e Presidente Epitácio, todas em São Paulo, e em Toledo (PR).

Abrir as portas do imenso mercado chinês, calcula-se, pode significar um ganho de US$ 600 milhões para as exportações de carne bovina e de cerca de US$ 200 milhões para as aves até 2007.

O setor de carnes experimentou um grande salto em 2004. Responsáveis por 25% do aumento das vendas totais do agronegócio lá fora, as exportações do setor somaram US$ 6,143 bilhões – em 2003, foram vendidos US$ 4,085 bilhões. Houve uma elevação de 26,8% no volume embarcado e de 15% nos preços.

O acordo também pode ajudar a elevar as vendas de frutas cítricas, uvas e melão. A China quer vender ao Brasil maçã, pêra, longan, lichia, tripas, aves, suínos e pescados.