Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Criadores baianos fundam cooperativa

Mais de cem estrutiocultores do Estado aliam forças a fim de promover, ainda mais, a atividade.

Redação AI 12/04/2004 – 06h00 – Mais de cem criadores de avestruz no estado, responsáveis por quase metade do plantel baiano atual, decidiram que a melhor coisa para fortalecer o negócio é através do cooperativismo. Assim, desde o final de março, já está em atividade a Cooperativa de Produtores de Avestruzes da Bahia (Coopstruthio), com sede em Salvador, no bairro do Stiep (telefone 342-7455). Os membros são todos cadastrados na Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), da Secretaria estadual da Agricultura (Seagri) e filiados à Abcav, a associação dos criadores da ave, que funciona no mesmo local.

“Esse cadastro na Adab é como um selo de qualidade dos nossos animais, que estão livre de doenças. Comprova também que os produtores atendem às exigências sanitárias da legislação”, explica o diretor comercial da Coopstruthio, Edvaldo dos Santos. Ele diz que, entre as prioridades da cooperativa, estão incrementar o abate de avestruzes e beneficiamento da carne e derivados com foco no mercado internacional, e produzir ração para os animais.

Na prática, os cooperados querem, em até três anos, instalar um grande abatedouro e frigorífico especializado, com capacidade para abater anualmente 40 mil aves. “Como estamos mirando o exigente mercado exterior, vamos montar esses equipamentos em Feira de Santana, município que oferece facilidade para o escoamento da produção, seja pelo aeroporto de Salvador, seja via porto de Aratu”, adianta. No entanto, segundo o diretor, com a expansão do negócio para o mercado internacional, o consumo interno tenderá a crescer também. “Apenas determinados cortes da carne seguirão para a Europa e a Ásia. Outros cortes abastecerão os mercados nacional e baiano”, conta.

Atualmente, lembra Edvaldo dos Santos, a Bahia possui o segundo maior plantel de avestruzes do país, com cerca de dez mil animais. Mas apenas cinco mil deles são registrados e conhecidos. O primeiro plantel é o de São Paulo, com 20 mil aves. “Nosso negócio no estado vem se desenvolvendo rapidamente. Basta dizer que tudo começou em 1999, com somente 200 avestruzes em Jequié, Feira de Santana e Irará. Hoje estamos com uma reprodução de 20 filhotes por ano, o que pode nos levar à liderança no país em poucos anos”, afirma.