Redação AI 13/05/2004 – 06h12 – As exportações de carne de frango atingiram US$ 139,6 mil toneladas em abril, gerando receita cambial de US$ 161,8 milhões. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef).
Em relação a abril do ano passado, houve queda de 3,2% no volume, mas aumento de 58,6% na receita. Na comparação com março deste ano, contudo, o resultado acende um sinal de alerta entre os exportadores. Houve queda de 25% nos volumes embarcados e de 20% na receita cambial.
No primeiro quadrimestre de 2004, o resultado ainda é positivo, mesmo com o desempenho mais fraco de abril. O País exportou 272,38 mil toneladas de frango inteiro, gerando receita cambial de US$ 236,83 milhões. Ante o mesmo período de 2003, o volume cresceu 3,07%, e a receita, 24,86%. Os embarques de cortes no primeiro quadrimestre foram de 393,3 mil toneladas, com receita de US$ 468,78 milhões. Em volume, houve aumento de 8,09%, e em receita, aumento de 54,35%.
Segundo relatório da Abef, as compras da Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Kuwait, Emirados Árabes, Iêmen e Omã atingiram 23.045 toneladas em abril, queda de 67,38% ante os volumes de março.
A queda na Europa, embora menos dramática, também ocorreu e não foi compensada pelo aumento da participação em mercados como o Japão. Os japoneses, que importam cortes de alto valor agregado, aumentaram suas importações de frango brasileiro em 71,51% no primeiro quadrimestre do ano, para 88,24 mil toneladas.
O declínio dos volumes e da receita exportada em abril está fazendo a Abef rever sua projeção para o resultado final em 2004. Até o mês passado, a entidade mantinha a projeção de que o ano fecharia com um “aumento de 10% nos embarques e de até 20% no faturamento”. Em 2003, as exportações atingiram 1,958 milhão de toneladas, gerando receita de US$ 1,796 bilhão. “Havia excesso de otimismo e os números de abril estão nos dando um choque de realidade”, afirma o presidente da Abef, Júlio Cardoso.
Segundo ele, de maio de 2003 a abril de 2004, as exportações somaram 2,012 milhões de toneladas, rendendo US$ 2,044 bilhões. “Nossa meta é conseguir manter este número para 2004, o que não será nada fácil”, afirmou.