Redação AI 25/08/2004 – O Rio Grande do Sul ganhará, em 2005, o primeiro frigorífico especializado no abate de avestruzes. Empresários paulistas do setor irão investir no empreendimento em um município a ser escolhido no Vale do Rio Pardo. Existem duas possibilidades: construir o frigorífico com capacidade de abater 30 cabeças por dia com investimento de R$ 500 mil ou adaptar uma estrutura de abate de gado já existente.
Os primeiros criadores gaúchos apareceram em 1996. Segundo a Associação de Criadores de Avestruzes do Rio Grande do Sul (Acars), a atividade cresce mais de 45% por ano no Estado. Desde então, o desafio é a escassez de avestruzes para abate.
“Vamos estabelecer um sistema de contrato no qual o frigorífico se compromete em comprar as avestruzes na idade de abate entre 12 e 13 meses”, diz Alzomar Oliveira Dornelles, coordenador do projeto.
Outra aposta é implantar, no Vale do Rio Pardo, uma cooperativa responsável pelos negócios que divulgue as vantagens da atividade. O quilo vivo da ave custa R$ 10, em média o peso no abate é de 80 a cem quilos.
Lauro Brum pretende participar dos negócios com o frigorífico. Ele investiu cerca de R$ 130 mil na criação e tem oito casais.
“Quero vender aves, ovos, couro, carne e plumas porque é uma atividade muito lucrativa. Vou me engajar em qualquer iniciativa.”