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Avestruz conquista espaço no Alto Uruguai

Uma família de criadores mantém piquetes nos municípios de Ponte Preta e Paulo Bento, a 25 km de Erechim, no Estado do RS.

Redação AI 20/09/2004 – A criação de avestruz também tem seu espaço na região do Alto Uruguai. Uma família de criadores mantém piquetes nos municípios de Ponte Preta e Paulo Bento, a 25 km de Erechim. Tatiana Bragagnollo afirma que seu pai trouxe alguns animais de São Paulo e do Mato Grosso, dando início à produção. Ao todo, são criados hoje 300 animais.

Eles são vendidos a partir de um ano como matrizes e um filhote, com apenas três dias, chega a custar R$ 500,00. Aos seis meses, já pode valer R$ 2 mil, e animais de segunda postura, com 48 meses, alcançam R$ 10 mil no mercado. Os avestruzes chegaram ao Brasil pela primeira vez em 1999, direto da África.

Os animais são criados livres em piquetes, sendo que o espaço ideal é de 500 m para cada casal, que consome em média 2 kg de ração por dia (farelo de milho, soja e trigo), mais vitaminas e sais minerais. Cada avestruz coloca, em média, de 30 a 40 ovos/ano, durante a primavera ou verão. A média do peso de um ovo é de 1,3 kg. Os animais vivem de 65 a 70 anos e o período produtivo varia de 35 a 40 anos.

Com um ano de vida, a ave alcança 120 kg, rendendo 40 kg de carne, sendo que as partes mais apreciadas são coxas e sobrecoxas. Ovos e plumas são usados para trabalhos artesanais e o couro deverá concorrer com o do jacaré na confecção de sapatos e bolsas. A família Bragagnollo acredita que esta é uma nova alternativa econômica e que em três anos os produtos do avestruz ganharão espaço no mercado.