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Substituição no Mapa

Rodrigues deve empossar Guedes como secretário-executivo na próxima segunda-feira, dia 13.

Da Redação 09/12/2004 – O secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Amauri Dimarzio, está demissionário do cargo há mais de 15 dias. O pedido formal de demissão foi entregue ao ministro Roberto Rodrigues no dia 23 de novembro, informaram interlocutores da pasta. Ao apresentar o pedido, Dimarzio teria dito ao ministro que queria ter mais tempo para se dedicar a seus negócios particulares.

O nome mais cotado para ocupar o lugar de Dimarzio é o do atual presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Luís Carlos Guedes Pinto. A negociação agora envolve o nome do substituto de Guedes Pinto na Conab, órgão que tem superintendências espalhadas por todo o País.

É possível que as substituições sejam anunciadas pelo ministro já na segunda-feira (13). Às 10h, Rodrigues, Dimarzio e Guedes participam, no ministério, de reunião do Conselho do Agronegócio (Consagro). No Consagro, estão reunidas as câmaras setoriais criadas pelo ministro para discutir, entre outros pontos, questões relacionadas à comercialização de produtos agrícolas. São 22 câmaras setoriais.

Uma das últimas “decisões” de Dimarzio foi a prorrogação, por um período de 90 dias, dos financiamentos de custeio e colheita do café das safras 2002/03 e 2003/04 de café. Ele anunciou a decisão por meio de nota distribuída pela assessoria de imprensa da pasta no dia 19 de novembro. No entanto, por envolver recursos do Tesouro Nacional, a prorrogação depende de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), que ainda não se posicionou sobre o assunto.

Na ocasião, Dimarzio ocupava o cargo de ministro interino, já que Roberto Rodrigues estava em viagem pela Europa. A decisão de conceder prazo de espera para pagamento dos débitos pegou de surpresa até os representantes da cadeia produtiva do café, que estavam na Bahia participando do encontro anual da indústria de café. O próprio secretário de Produção e Comercialização, Linneu da Costa Lima, mostrava-se atônito e argumentava que não tinha condições de confirmar a decisão.

Outro ponto de embate de Dimarzio no ministério foi o Sistema Brasileiro de Identificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), que permite a rastreabilidade dos bovinos. De acordo com o governo, o registro dos animais por pelo menos 40 dias no Sisbov é condição para exportação de carne para a União Européia, principal destino do produto brasileiro. Dimarzio sempre defendeu a ampliação das regras do Sisbov, inclusive com a aplicação das normas também para o mercado interno. A adesão ao sistema era obrigatória, mas, na semana passada, Rodrigues anunciou que a participação passará a ser opcional.