Da Redação 14/03/2003 – O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ivan Wedekin, anunciou ontem (13) o lançamento de contratos de opção para 2 milhões de toneladas de milho nas principais regiões produtoras do País. Pela primeira vez, o governo anunciou também opções para a cultura do sorgo, que pode substituir o milho na composição das rações animais. Serão lançadas opções para até 600 mil toneladas do grão. Em caso de o produtor exercer todas as opções de milho e sorgo, o governo poderá despender até R$ 847 milhões nessas operações.
O objetivo do governo, segundo o secretário, é sinalizar claramente uma evolução de preços ao mercado, estimular a produção da safrinha, apoiar a comercialização e reduzir a sazonalidade de preços, criando melhores condições para a permanência do produto no mercado interno. Parte do milho que eventualmente for adquirido por meio das opções poderá ser destinado à recomposição dos estoques.
O primeiro dos leilões de opção de milho, de 500 mil toneladas, será realizado no próximo dia 20 de março, tendo preço de exercício fixado em R$ 20,00 por saca de 60 kg no Paraná, São Paulo, Minas Gerais e região sul da Bahia. O leilão se estenderá a Mato Grosso do Sul (R$ 17,90), Goiás (R$ 17,90), Distrito Federal (R$ 17,90) e Mato Grosso (R$ 15,90).
O vencimento das opções será em 13 de junho, com possibilidade de antecipação do exercício para abril e maio, por decisão do governo. As operações poderão ser liquidadas com a utilização de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) ou da recompra/repasse das opções, caso o governo opte em não formar estoques.
No caso do sorgo, o governo lançará opções de 150 mil toneladas, também com vencimento em 13 de junho. O preço de exercício foi fixado em R$ 14,00 para Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Pernambuco. Haverá leilões para Mato Grosso (R$ 11,10) e Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal (R$ 12,50).
O Ministério da Agricultura anunciou também a aquisição de até 150 mil toneladas de milho na região Centro-Sul para complementar e garantir o abastecimento das regiões Norte, Nordeste e norte de Minas Gerais.