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Abate de avestruzes deve começar em 3 anos no país

A prática começou há apenas 8 anos e hoje o plantel nacional é de cerca de 70 mil aves.

Redação AI 12/06/2003 – O Brasil é considerado um dos países mais atrasados na criação de avestruz para abate comercial. A prática já é comum na África, Estados Unidos e Europa. A ave da espécie “African necks”, por exemplo, vem sendo preparada comercialmente há mais de cem anos por fazendeiros sul-africanos. De acordo com a Associação dos Criadores de Avestruzes no Brasil (ACAB), o abate em grande escala no Brasil deve começar num prazo de aproximadamente três anos.

A prática começou há apenas 8 anos e hoje o plantel nacional é de cerca de 70 mil aves, quando seriam necessárias acima de 300 mil para o abate. No Paraná existem menos de 10 mil animais.

O avestruz só foi considerado doméstico em 2002, por meio de uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A medida visa a facilitar a manifestação do órgão quando se tratar de importação de animais vivos ou ovos fecundos no ambiente natural e para a expedição de licença de importação.

Em Ponta Grossa, no sítio de Ricardo Trierweiller, criador há cinco anos, nasceram os primeiros 190 filhotinhos de 12 casais de avestruzes. Um avestruz com três meses de idade custa entre R$ 1,2 mil a R$ 1,5 mil. Adulto, ele pode valer R$ 5 mil.

A ACAB orienta o investidor deste mercado a fazer um trabalho de pesquisa e capacitação, antes de começar a criação. A ave pode ser criada em pequenas propriedades de até 4 alqueires. Trierweiller dispõe de uma área de 9 alqueires, mas apenas 1,5 alqueire é usados para a criação. A época de reprodução das avestruzes ocorre de agosto a fevereiro. Por ano, cada casal gera de 15 a 20 filhotinhos. A fase reprodutiva começa cedo, aos dois anos de idade, para um animal que pode viver 70 anos em criações comerciais.

Começar um criatório exige um investimento entre R$ 30 mil a R$ 40 mil. O custo de manutenção é considerado baixo, se comparado com a lucratividade.